Investimentos em saúde têm grande evolução em Franco da Rocha
Mais Médicos, Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas e expansão da rede de atenção básica e de saúde da família são conquistas da gestão petista
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Reorganizar e ampliar o atendimento à saúde da população de Franco da Rocha tem sido prioridade para a gestão do prefeito petista Kiko Celeguim. Em três anos e meio já foram investidos R$ 6 milhões, contra apenas R$ 200 mil aplicados nos oito anos anteriores.
O salto é reflexo do esforço da prefeitura em captar recursos, sobretudo federais, que garantiram à cidade a construção de três novas Unidades Básicas de Sáude (UBSs) e de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas, bem como a expansão do programa Saúde da Família. Além disso, todas as demais unidades estão sendo reequipadas e cinco delas reformadas.
De acordo com o prefeito, os avanços têm sido possíveis pelo reconhecimento de que, na área de saúde, se trabalha em rede: “Quando a gente assumiu, tinha uma política muito equivocada do ponto de vista da organização. A Saúde era a área que mais demandava recursos da prefeitura, mas de forma desorganizada. Se não aproveitarmos os programas federais e estaduais para garantir esse fluxo de investimentos, a saúde é impagável”, avalia Kiko.
Na UBS do Centro, inaugurada em janeiro deste ano, a população tem acesso a clínico-geral e a especialidades como ginecologia e pediatria. “O atendimento do médico é excelente. Minha mãe tem diabetes e também se trata aqui. Não tive dificuldade para marcar as consultas, precisei de exames e consegui fazer logo”, contou à reportagem Edmara Rodrigues Calazans, 52 anos, trabalhadora doméstica, que utiliza a unidade.
Já Mirele Ribeiro, 29 anos, dona de casa e mãe de quatro filhos, observa uma melhoria geral nos serviços: “A saúde melhorou muito de uns três anos para cá. Hoje, quando o médico pede, você consegue fazer um ultrassom. Antes era muito demorado”.
Franco da Rocha foi um dos municípios que aderiu ao programa Mais Médicos, lançado em 2013 pelo governo da presidenta eleita Dilma Rousseff, a fim de suprir a escassez de profissionais em várias regiões do País. Hoje, 23 médicos cubanos, hondurenhos e bolivianos atuam nos diversos bairros da cidade, onde já realizaram mais de 100 mil consultas. “Sem esse programa não haveria a menor condição de viabilizar todos esses atendimentos”, garante o prefeito.
Saúde para toda a família
Voltada à atenção básica, a estratégia de saúde da família foi intensificada e hoje alcança 85% da população de Franco da Rocha. Em 2013 apenas 8% tinham acesso ao programa, que foi ampliado graças à contratação de 16 novas equipes, que atendem em todas as unidades de saúde do município. O programa conta ainda com a orientação dos agentes comunitários, que atuam nos bairros, promovendo saúde preventiva e fazendo a intermediação entre os moradores e a unidade de saúde mais próxima.
O resultado deste trabalho já se faz notar. O hospital estadual que atende a cidade reduziu em 70% os casos de internação devido a doenças que podem ser acompanhadas com atenção básica estruturada, tais como diabetes e hipertensão.
As gestantes também são alvo de atenção especializada, proporcionada pelo programa Mãe franco-rochense, criado para estimular a adesão ao pré-natal e prestar assistência integral à mãe e à criança até o primeiro ano de vida. Ao realizar todas as consultas regulares, exames e participar de um programa de parto humanizado oferecido pela prefeitura, a gestante, além de ficar com a saúde em dia, ganha um enxoval para o bebê.
Outra conquista importante para cidade foi a construção do Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), único da região que realiza atendimento de urgência e emergência – uma espécie de pronto-socorro –, além de tratamentos mais específicos.
Humanização do atendimento carcerário
Franco da Rocha tem hoje 145 mil habitantes, dos quais 11 mil estão sob a guarda do Estado, nas cinco unidades prisionais da cidade.
Para desafogar o sistema público de saúde municipal e também evitar a disseminação de doenças, a atual gestão criou esquipes de atendimento – compostas por médicos, dentistas e enfermeiros – específicas para essa população.
Atuando dentro dos presídios, as equipes conseguem atacar doenças que são muito comuns entre a população privada de liberdade – como HIV, tuberculose, sífilis – e melhorar consideravelmente a qualidade da saúde dentro dos presídios. Outro ponto importante é que essa medida evita a saída dos detentos para os atendimentos, liberando o contingente policial da região para outras atividades.
Por Luciana Arroyo, da Agência PT de notícias