Jonas Paulo: Ampliar política e socialmente criando protagonismo

“A exemplo das Diretas-Já, a luta é de todos que querem democraticamente escolher o presidente do país”, diz o secretário-geral adjunto do PT

Mídia Ninja

Manifestação na Avenida Paulista

(Uma contribuição ao debate)

A direita incrustada no Judiciário no MP e na PF sustentada pela mídia oligopolizada, tomou as rédeas do poder , endureceu o jogo, assanhou áreas militares   saudosistas e pagou pra ver.

Intimidaram a alta corte, prenderam o presidente Lula sem culpa e sem crime e desafiaram a classe política de um Legislativo fisiológico encurralado e intimidado, pra não falar de um Executivo mórbido inerte que foi sacado da agenda do Golpe e substituído pela Troika Judiciário/MP/Mídia que comandam a ditadura da Toga e o Estado Policial de Exceção.

A democracia brasileira e o Estado de Direito são vilipendiados pelo rolo compressor do arbítrio das regras jurídicas da conveniência e dos interesses escusos do poder econômico e dos poderosos interesses externos que aplicam o receituário e monitoram as ações e os procedimentos de consolidação do Golpe,  iniciado com a deposição da Dilma da Presidência e, agora, quer se complementar com a interdição do Lula de disputar as Eleições de 2018.

Ao longo do processo do Golpe os partidos de esquerda, centrais sindicais , movimentos sociais de juventude, sem-terra e dos sem-teto têm resistido com determinação e firmeza. Porém, se revela cada vez mais necessário manter as frentes de luta e resistência e ampliar a sua agenda política e social para despertar na sociedade brasileira o sentimento de defesa da DEMOCRACIA e das LIBERDADES CIVIS além da SOBERANIA DO VOTO POPULAR.

A disputa não é apenas da ESQUERDA que já está nas ruas. A exemplo das Diretas-Já, a luta é de todos que querem livre e democraticamente escolher seu o presidente do país; além dos governadores, deputados e senadores… Assim como não aceitam entregar o pré-sal, o petróleo e outras riquezas minerais do solo brasileiro e reagem a privatização da Petrobras Eletrobrás, Nuclebras Chesf, Caixa Econômica e Banco do Brasil. Da mesma forma não querem permitir que tirem os direitos sociais trabalhistas e previdenciários do povo.

É uma agenda mais ampla onde a LIBERTAÇÃO DO LULA e a garantia de que ele seja CANDIDATO e concorra as eleições, que devem ser limpas e sem casuísmos.

Por essa razão, o PT articulado a uma frente política partidária de esquerda articulado as lutas sociais e sindicais de resistência deve ampliar seu espaço político para BARRAR O GOLPE e ASSEGURAR a tenra DEMOCRACIA BRASILEIRA ameaçada cotidianamente pelo “legisferré” ditatorial da Toga e da Mídia respaldada pelas forças policiais e militares saudosistas do passado de arbítrio e violência de Estado.

Os governadores do nordeste, entendendo que o risco no Brasil é a Democracia e as Liberdades Civis e que o LULA LIVRE é o símbolo da preservação dos valores democráticos, foram prestar a sua solidariedade ao LULA; que permanece preso pelo Poder Tocado e Policial.

Mas, como continuar o diálogo com eles e suas bases políticas e eleitorais visto que o Nordeste é um dos maiores bastiões de oposição ao Golpe e de apoio ao Lula a partir da imensa maioria de governos de centro-esquerda na região nordestina e nessa esteira diversas personalidades de centro divergentes das orientações políticas de seus partidos no Sudeste?

Como articular esse espaço das forças políticas e ampliar para as regiões Norte e Centro-Oeste e atrair lideranças mesmo que isoladas nos centros políticos do  Sul e Sudeste?

O mesmo raciocínio se aplica para as lideranças religiosas; principalmente na Igreja Católica; cuja enorme capilaridade no país em suas Dioceses e Paróquias, hoje há uma enorme corrente de seguidores e simpatizantes das idéias progressistas do Papa Francisco.

No caso das diferentes denominações evangélicas também há uma renovação social assim como nas religiões de matriz africanas.

Com a manifestação pública de militares reacionários com pensamento isolado ou não, temos na esquerda e no centro, importantes quadros políticos que foram Ministros da Defesa e mantiveram excelente diálogo com os comandos militares das forças armadas e que despertam respeito ao Estado Democrático e que nutrem simpatia pela nossa política de Defesa do Estado e a Soberania Nacional.

Urge aquecer essa agenda assim como a de Segurança Pública e de Defesa Social que se insere no contexto das Políticas de Estado.

O desmonte da engenharia pesada consultiva e de construção da indústria naval e petrolífera de conteúdo nacional, além do esvaziamento da pesquisa e do desenvolvimento científico e tecnológico, abre uma enorme janela de diálogo com segmentos empresariais, pesquisadores, técnicos e profissionais que vislumbram a perda de espaço para o empreendimento de ponta no aspecto industrial e tecnológico que devemos estar atentos a sua mobilização.

Por fim, entender que estando em ano eleitoral para governos estaduais senadores, deputados federais e estaduais e da presidência da República; -mesmo sendo a agenda presidencial que ganha principalidade – é nos estados onde ocorrem as disputas; é onde se constroem os palanques, além do que, deve ser registrado o papel dos prefeitos e vereadores no pleito eleitoral e na construção das políticas onde se revela também de enorme importância atraí-los para a agenda de DEFESA DA DEMOCRACIA é das LIBERDADES CIVIS.

Vemos portanto, se o PT mantém viva a chama da esperança na figura do grande líder LULA, tem como tarefa ser PROTAGONISTA e CONSTRUTOR de um grande movimento nacional em defesa da democracia, indo além dos seus muros e da esquerda sem abandonar as mobilizações de rua com sua aguerrida militância mas, mobilizando a consciência democrática na sociedade, nas igrejas, quartéis, casas parlamentares, prefeituras, universidades, entidades, profissionais e empresariais locais com a principalidade de libertar o Lula e derrotar o golpe assegurando a democracia e eleições livres no Brasil.

Portanto, nossa alta direção não pode se perder no ativismo puro e simples e não exercer o protagonismo de dirigir e organizar as diferentes frentes de luta social e política que nos conduza a disputar o poder e os rumos do Brasil.

Lula Livre! Em Defesa da Democracia e da Liberdade! Não ao Golpe!

Jonas Paulo é secretário-geral adjunto do Partido dos Trabalhadores

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