Liberdade de imprensa: Bolsonaro representa período sombrio para democracia

Brasil cai três pontos no Ranking Mundial da Liberdade e relatório atribui resultado a discurso de ódio e ataques à imprensa promovidos por Jair Bolsonaro

José Cruz/Agência Brasil

Jair Bolsonaro

O Brasil caiu três posições no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa em 2019. O estudo foi publicado nesta quinta-feira (18) pela organização Repórteres Sem Fronteiros e mostra que a eleição de Jair Bolsonaro (PSL), que teve uma campanha marcada por discurso de ódio, representa uma era “sombria” para a democracia brasileira.

Com a queda deste ano, o Brasil passa a ocupar a 105ª posição de 180 países se aproximando da “zona vermelha”, classificação que representa local de situação difícil para profissionais do jornalismo. O levantamento coloca o país como um dos mais violentos da América Latina para a mídia e demonstra preocupação com o atual governo.

A eleição de Jair Bolsonaro como presidente em outubro de 2018, depois de uma campanha marcada por discursos de ódio, desinformação, violência contra jornalistas e desprezo pelos direitos humanos, anuncia uma era sombria para a democracia e a liberdade de imprensa no Brasil – aponta o relatório

A ameaça se prova verdadeira considerando que, após eleito, Jair usou suas redes sociais para promover ataques contra jornalistas. Em março, o Estado de S. Paulo reportou que, em menos de três meses de governo, foram 29 publicações de teor agressivo contra a imprensa: uma a cada três dias.

À época, ele havia incitado violência contra uma jornalista do Estadão, Constaça Rezende, e seu pai, o também jornalista Chico Otávio de O Globo. Em seu Twitter, ele compartilhou uma notícia falsa publicada por uma assessora do PSL na página Terça Livre.

“Constança Rezende, do ‘O Estado de SP’ diz querer arruinar a vida de Flávio Bolsonaro e buscar o Impeachment do Presidente Jair Bolsonaro. Ela é filha de Chico Otavio, profissional do ‘O Globo’. Querem derrubar o Governo, com chantagens, desinformações e vazamentos”, acusou Jair que expôs a imagem da jornalista vinculando a informação falsa.

Depois da publicação, Constança Rezende foi alvo de linchamento virtual por perfis apoiadores do governo e chegou a excluir sua conta no Twitter devido aos ataques.

Da Redação da Agência PT de Notícias com informações de O Estado de São Paulo

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