Liberdade de Lula tem a ver com a manutenção de direitos, diz Nobre

Para presidente da CUT, é preciso construir mobilização permanente para denunciar a condenação injusta e exigir a liberdade do presidente Lula

Roberto Parizotti

Em sua primeira atividade pública desde que foi eleito presidente Nacional da CUT, no último dia 10, Sérgio Nobre, indignado com a situação do país, incentivou ainda mais a disposição de luta de quem participou do “Ato Justiça para Lula”, que aconteceu neste domingo (13), na Avenida Paulista, em São Paulo.

Mais de 10 mil pessoas que foram à Paulista defender liberdade e justiça para Lula ouviram atentamente Nobre em seus mais de 8 minutos de fala sobre a destruição do país desde o golpe de 2016, os ataques de Jair Bolsonaro (PSL) contra a classe trabalhadora e contra a soberania do Brasil, a farsa da operação Lava Jato e do ex-juiz Sergio Moro para prender Lula e eleger Bolsonaro e o que tudo isso significa para os trabalhadores e as trabalhadoras do país.

O presidente da CUT também contou como foi à visita ao ex-presidente Lula, na semana passada, em Curitiba, e disse que a liberdade de Lula tem a ver com a defesa dos direitos da classe trabalhadora.

“Lula me disse que só sai de lá [da prisão política onde está desde abril de 2018] quando a classe trabalhadora entender que a liberdade dele tem a ver com a manutenção dos direitos”.

“Solto, Lula vai viajar esse país junto com a CUT e os movimentos sociais para defender a Amazônia, a Petrobras e o pré-sal. Então a liberdade de Lula tem a ver com nossos direitos, a conquista do emprego e um país com soberania”, destacou o presidente da CUT, Sergio Nobre.

De acordo com o dirigente, é preciso “construir mobilização permanente com mutirões não só nos locais de trabalho e nas portas de fábricas, mas também nas periferias e nas feiras para denunciar [o julgamento parcial] e exigir a liberdade do presidente Lula, que virá”.

Além dos movimentos sociais, sindicais e partidos políticos, a deputada Federal e presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, e o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, também estavam presentes no ato deste domingo.

Destruição do país e a resistência

 

Nobre pontuou a retirada de direitos e o ataque à soberania do país desde o golpe de 2016 até os dias de hoje. Segundo o presidente da CUT, tudo que foi construído desde a destituição da presidenta Dilma Rousseff até a prisão de Lula foi uma farsa montada junto com a direita para fraudar a eleição em 2018.

“A Lava Jato, que a gente já denunciava desde o início, a pretexto do combate à corrupção, tinha um projeto político e um projeto de poder. Para consolidar o seu projeto tinha que prender o presidente Lula e as denúncias do ‘Intercept Brasil’ mostram de forma clara o que eles queriam na verdade”.

E sem Lula, aponta o presidente da CUT, eles ficaram a vontade para colocar o projeto político deles na prática, privatizar a Embraer, destruir o setor da construção civil, as universidades brasileiras, a pesquisa, a ciência, os direitos trabalhistas e previdenciários e, se não bastassem, ainda querem a privatização da Petrobrás e do Pré-sal e das empresas públicas tão importante para o desenvolvimento do país.

A classe trabalhadora tem uma missão importante de não permitir a destruição da soberania e não permitir a entrega dos direitos duramente conquistados
– Sergio Nobre

O presidente da CUT disse que o 13° Congresso Nacional da CUT aprovou a realização de um ato em frente à sede do Ministério da Economia, no próximo dia 30 de outubro contra a política econômica e entreguista de Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes, da Economia, em defesa da Petrobras e a Amazônia. “E queremos chamar todos a todos para que estejam presentes nessa luta”, disse Sérgio ressaltando que vai conversar com as demais centrais e movimentos sociais para participarem do ato que é em defesa do Brasil e dos brasileiros.

Por CUT

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