Lideranças do PT condenam ataque a Cristina Kirchner

Violência e ódio são ameaças à democracia, diz Lula. Dilma pede retomada da paz no Brasil e no continente. Líderes das bancadas no Congresso manifestam solidariedade à vice-presidente argentina

A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner (Foto: Página 12)

Com surpresa, indignação e apelos pela paz durante o período eleitoral brasileiro, lideranças do Partido dos Trabalhadores se manifestaram nas redes sociais sobre o atentado a arma de fogo sofrido pela vice-presidente argentina Cristina Kirchner. A tentativa de assassinato foi cometida na noite desta quinta-feira (1º), quando Kirchner acenava para apoiadores na frente de sua casa, no bairro da Recoleta, em Buenos Aires.

Logo após o ataque, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, declarou feriado nacional nesta sexta-feira (2). “Decidi declarar feriado nacional para que, em paz e harmonia, o povo argentino possa expressar-se em defesa da vida, da democracia e solidarizar-se com nossa vice-presidente”, anunciou em pronunciamento. Ele classificou o ataque como “o mais grave desde 1983, quando o país voltou a ser uma democracia”.

Após ser informado sobre o ato, Luiz Inácio Lula da Silva postou duas mensagens em seu perfil no Twitter. “Toda a minha solidariedade à companheira Cristina Fernandez de Kirchner, vítima de um fascista criminoso que não sabe respeitar divergências e a diversidade. A Cristina é uma mulher que merece o respeito de qualquer democrata no mundo. Graças a Deus ela escapou ilesa”, afirmou Lula.

“Que o autor sofra todas as consequências legais. Esta violência e ódio político que vêm sendo estimulados por alguns é uma ameaça à democracia na nossa região. Os democratas do mundo não tolerarão qualquer violência nas divergências políticas”, finalizou o candidato do PT à Presidência da República.

A ex-presidenta Dilma Rousseff também se manifestou em sequência de postagens em seu perfil. “O atentado contra a vida da líder argentina Cristina Kirchner por um brasileiro armado merece o repúdio do mundo inteiro. O ódio político e a violência de índole fascista, estimuladas por políticos extremistas, são uma ameaça à democracia na América Latina”, afirmou Dilma.

“Minha solidariedade a @cfkargentina e meu firme desejo de que o seu país, o Brasil e a América Latina superem esta situação e retomem o caminho da paz e da estabilidade. E que a violência política, venha de onde vier, não consiga obstruir os avanços civilizatórios dos povos de todo o mundo”, prosseguiu Dilma, comentando ainda sobre a importância da líder argentina para a América Latina.

“Cristina Kirchner é uma das maiores lideranças do nosso continente. Representa a luta pela democracia e contra a desigualdade. As manifestações de apreço que sempre recebe do povo nas ruas demonstram o quanto ela é amada. A violência não pode vencer!”, exortou Dilma, prestando solidariedade ao presidente Alberto Fernandez.

Paulo Rocha (PT/PA), líder da bancada do PT no Senado Federal, exibiu uma filmagem do momento do ataque, quando a arma de Fernando Sabag Montiel, 35 anos, nascido em São Paulo com mãe argentina e pai chileno, falhou. “Toda nossa solidariedade à mulher guerreira e corajosa, vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, por ter sido vítima de uma tentativa de atentado na noite desta quinta-feira, em Buenos Aires – Argentina”, afirmou o senador.

Líder da bancada do PT na Câmara dos Deputados, Reginaldo Lopes (MG) lamentou que o autor do ataque fosse nascido no Brasil. “Solidariedade à Cristina Kirchner, que sofreu um atentado contra sua vida agora há pouco na Argentina”, afirmou Lopes. “A vice-presidente argentina só não levou um tiro porque a arma falhou. Para nossa vergonha, quem atirou foi um brasileiro. O ódio e a violência política precisam ser derrotados!”

O senador Humberto Costa (PT/PE) pediu o fim do ódio na política. “GRAVÍSSIMO! A vice-presidente da Argentina Cristina Kirchner, sofreu hoje um atentado. A política do ódio precisa ter um fim. Nosso repúdio à violência e toda a nossa solidariedade à Cristina”, afirmou em seu perfil no Twitter.

Da Redação

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