Lula: Bolsonaro ainda vai ser criminalizado por genocídio

“O papel do presidente da República era orientar diariamente a população de como se cuidar e dar força aos profissionais de saúde”, afirma Lula. “Eu nunca vi ele fazendo isso”, denuncia Lula, em entrevista ao programa #GiroNordeste, transmitido para nove estados da região, Espírito Santo e São Paulo

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Lula

“Bolsonaro ainda vai ser criminalizado pelo genocídio que está promovendo”, afirmou o ex-presidente Lula em entrevista de Lula ao programa #GiroNordeste, com transmissão direta para a região, Espírito Santo e São Paulo. Para Lula, “o papel do presidente da República era orientar diariamente a população de como se cuidar e dar força aos profissionais de saúde”. No entanto, diz Lula. “eu nunca vi ele fazendo isso”.

A falta de apoio ao povo durante a pandemia foi duramente criticada por Lula, durante o programa com audiência em nove estados do Nordeste. “O governo precisa pensar mais no ser humano e menos em quanto dinheiro vai gastar. Ou colocamos dinheiro, ou não vamos ter como segurar o povo no isolamento”.  Um dos caminhos, para ele, “é prolongar o auxílio emergencial até pelo menos o final do ano”.

Democracia, sem hipocrisia

Perguntado sobre a situação politica atual e o seu papel nos debates sobre a formação de “frentes” no país, Lula foi categórico e transparente. “Eu me coloco em qualquer luta que seja pra reconquistar a democracia nesse país. Eu só não vou aderir à hipocrisia”, advertiu mais uma vez.

“Eu perdi a minha liberdade política mas não perdi minha dignidade. Não sei quantos anos vou viver, mas esses caras vão perceber que lidar com inocente é diferente de lidar com bandido”, disse. “Eles falam que o Lula tá nervoso. Eu não tenho mais idade pra me enganar”.

Lula completou, questionando a postura de quem defende “frentes”, mas que não se posiciona sobre o impeachment de Bolsonaro. “Gente que fala em frente, em democracia de forma abstrata, mas não quer a saída do Bolsonaro porque está adorando a política do Paulo Guedes”.

Lembrando sua história de negociador,  Lula afirmou ser “um cara que sempre conversou, ouviu, dialogou”, mas que não vai fazer “papel de palhaço”. “Quem quiser falar em democracia, tem que defender o impeachment do Bolsonaro”, disse.

Água é vida

“Água é vida. É saúde. Água tratada é responsabilidade do Estado brasileiro”, defendeu Lula, criticando a aprovação de projeto pelo Senado que abriu o caminho para a privatização do setor. “Qual é o empresário que vai fazer isso sem rentabilidade? Eles vão levar água encanada pra favela sem ter lucro? Eu sou contra privatizar porque a saúde do povo depende disso”, afirmou.

“Eu posso falar porque com sete anos de idade andava quilômetros até um açude pra poder tomar água com caramujo dentro. Nenhum empresário vai escolher ter prejuízo. No Brasil 63% dos leitos são do SUS. Como é que você pode aceitar a privatização de uma coisa ligada à saúde do povo?”, alertou. “Falam tanto em privatização e quem levou energia pra 15 milhões de famílias foi o Estado brasileiro com o Luz Para Todos”, lembrou.

Para Lula, “Bolsonaro está transformando o governo em um quartel. Hoje (ontem) entrou mais um. Não é militarizando o Estado brasileiro que ele vai melhorar o Brasil. E sim democratizando as instituições”, alerta.

 

 

 

 

 

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