Lula: “Pra mim, fazer com que as pessoas tenham comida é uma obsessão” 

Em entrevista a rádio de Piracicaba, Lula diz ter certeza de que, caso volte a governar o país, é possível acabar com a fome outra vez, assim como gerar empregos e controlar a inflação

Ricardo Stuckert

Lula: "A fome só tem uma razão de ser: irresponsabilidade do governo"

Ao ser questionado, nesta quarta-feira (29), sobre quais serão suas primeiras ações no governo caso seja eleito mais uma vez presidente da República, Lula disse que tem, como obsessão, acabar com a fome, o desemprego e a inflação, que não dão sinal de trégua no Brasil.

“Para mim, é obsessão a gente vencer o desemprego. Reduzir a inflação é uma obsessão. A gente fazer com que as pessoas tenham comida é uma obsessão. Quem tem fome não pode esperar”, disse, em tom de indignação, durante entrevista que concedeu à Rádio Educadora AM, de Piracicaba (SP) (assista trechos abaixo e a íntegra da entrevista ao fim desta matéria).

Lula disse estar convencido de que ele e Geraldo Alckmin (PSB), seu pré-candidato a vice-presidente, podem acabar com a fome, que afeta hoje mais de 33 milhões de brasileiros.

“Não tem nenhuma explicação econômica ou política para que o povo brasileiro tenha fome. Isso só tem uma razão de ser: é desgovernança, é irresponsabilidade. Porque o Brasil é o terceiro produtor de alimento do mundo, o primeiro produtor de proteína animal do planeta, e, portanto, não tem sentido as pessoas não terem o que comer”, afirmou.

O ex-presidente também disse não acreditar que as tentativas de Jair Bolsonaro, de, a três meses da eleição, fingir que se preocupa com os mais pobres vá adiantar.

“Ele pode gastar mais R$ 60 bilhões, R$ 70 bilhões. Quer aumentar o auxílio emergencial? Faça tudo que não fez durante os quatro anos que não vai adiantar. O povo já está convencido que gosta mais de democracia, gosta mais de amor do que de ódio, mais de livros do que de armas”, analisou.

Apoio a prefeitos

Lula disse que, caso seja eleito, vai trabalhar desde o primeiro dia para restabelecer a normalidade institucional no país, fazendo com que governo federal, estados e municípios trabalhem juntos em um amplo projeto de desenvolvimento para, assim, criar empregos e aumentar a renda dos trabalhadores, algo essencial para se combater a fome, como explicou, também nesta quarta-feira, a ex-ministra de Desenvolvimento Social Tereza Campello.

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O ex-presidente disse ter uma preocupação especial com os prefeitos, que são os responsáveis por administrar as cidades, onde, no fim das contas, os brasileiros vivem. 

“Eu vi, por exemplo, que foi criada a Região Metropolitana de Piracicaba, que vai até Pirassununga, são muitas cidades. Eu fico imaginando o discurso que foi feito para criar a região metropolitana. Agora, se o governador do estado não colocar dinheiro, não incentivar a saúde, o transporte, a oportunidade de educação e de trabalho, a região estará tão nervosa quanto outras que estão abandonadas pelo país”, frisou.

Da Redação

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