Lula: “Queremos ver as pessoas viajando e conhecendo o país”

Em encontro com representantes de entidades ligadas ao turismo, ex-presidente destacou o papel do setor na geração de empregos e disse que vai fazer mais e melhor para recuperar a renda da população

Lula, para os representantes do setor de turismo: O papel do Estado é o de abrir portas, facilitar e não criar problemas (Foto: Ricardo Stuckert)

Em encontro com representantes de entidades ligadas ao turismo na manhã desta terça-feira (20/09), em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se comprometeu a criar condições para que o setor cresça e as pessoas possam voltar a viajar.

“Queremos fazer com que as pessoas voltem a viajar. As pessoas precisam conhecer esse país. Precisamos criar condições. O papel do Estado é o de abrir portas, facilitar e não criar problemas”, disse, destacando o papel importante do setor na geração de empregos. O ex-presidente afirmou também que mau humor, fome, pobreza e violência, que voltaram no país, não atraem turistas.

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Querosene de aviação

Em resposta a Eduardo Sanovicz, representante da Associação Brasileira de Empresas Aéreas, que reclamou do impacto do querosene de aviação no preço das passagens, Lula se comprometeu a reduzir o preço do combustível. Segundo ele, outros componentes também devem atuar no fato de as tarifas hoje estarem tão altas.

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“Não é só o preço do querosene, porque o preço do querosene é o mesmo no sábado, na segunda, na terça, na quarta. Eu quero dizer para vocês: se for o preço do querosene, a gente vai resolver para você nunca mais falar que é o preço do querosene. Deve ter outras coisas porque a passagem realmente é cara”, afirmou.

O ex-presidente destacou ainda que, além de dinheiro para comprar passagem, para fazer turismo é preciso que o povo tenha trabalho e salário e se comprometeu a fazer mais e melhor no próximo governo. A ideia, disse, é fazer em quatro anos o que não foi feito nos oito.

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Reconhecimento do setor

O representante das empresas aéreas foi um dos muitos empresários a darem depoimento em reconhecimento à importância do governo Lula para o desenvolvimento do setor e com demandas para uma nova gestão. Sanovicz disse que no período dos governos petistas, o número de passageiros no transporte aéreo passou de 30 milhões para 100 milhões ao ano.  Uma das razões, disse, foi o aumento da capacidade de consumo das famílias.

O ex-presidente Lula recebeu documentos com propostas de diferentes segmentos do turismo. Antônio Setin, da Rede Accor, falou das consequências da pandemia para os hotéis, como perda de caixa. Ele pediu medidas para recomposição e também sugeriu outros potenciais de atração de turismo para os hotéis, como os cassinos.

Alexandre Sampaio, da Confederação Nacional do Comércio, defendeu criação de estímulo para incluir a classe trabalhadora no turismo. Segundo ele, é preciso ciar um turismo de massa que contemple a todos, do turismo de luxo ao de menor poder aquisitivo. Segundo ele o turismo tem missão de integrar e fazer o Brasil crescer.

Legado

Luiz Barreto, ex-ministro do Turismo no governo Lula, lembrou o legado dos governos petistas no setor. Uma grande tarefa, segundo ele, foi criar a Lei Geral do Turismo que, num novo governo, precisará ser atualizada, incorporando as mudanças tecnológicas. Ele destacou o papel de Lula na execução do Prodetur (Programa Nacional de Desenvolvimento e Estruturação do Turismo), assumindo contrapartidas dos estados para tirar do papel obras importantes para o setor.

O também ex-ministro da área, Walfrido dos Mares Guia falou da necessidade de inclusão pelo turismo e concordou com a necessidade de rever o preço do querosene de aviação.

Candidato ao Senado por São Paulo, o ex-governador Márcio França lembrou que, nos tempos petistas, a imagem do Brasil no exterior era muito positiva, de um povo feliz. Segundo ele, a marca do turismo do país no exterior em que Brasil é grafado com z é um país zangado. “Quem vai visitar um país zangado, com pessoas com armas que atiram e que gritam? Ninguém quer visitar”, disse.

O ex-ministro Fernando Haddad lembrou das ações que fez para o setor, enquanto prefeito da maior cidade do país, e disse que, se ganhar o governo de São Paulo, estará à disposição para impulsionar do turismo. “Estamos muito atentos a questão de turismo no nosso governo, vetor de retorno rápido para a economia”, afirmou.

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