Lula em SC: “O Brasil nunca precisou tanto do seu povo” 

Lula pede empenho para buscarmos uma vitória no primeiro turno e promete fazer um governo com participação popular e comprometido em gerar oportunidades a todos os brasileiros e brasileiras

Ricardo Stuckert

Manifestação com Lula em Florianópolis (SC). Foto: Ricardo Stuckert

“Vou voltar porque tenho certeza de que o Brasil nunca precisou tanto do seu povo como está precisando agora. E tenho certeza de que a gente vai poder, em quatro anos, recuperar e reconstruir este país.” 

Com essas palavras, durante comício em Florianópolis, neste domingo (18), Lula incentivou o povo de Santa Catarina e de todo o Brasil a se engajar na reta final da campanha e buscar, nestes próximos 14 dias, uma vitória definitiva já no primeiro turno das eleições.

Lula pediu ainda que se busquem votos não só para ele e Geraldo Alckmin (PSB), seu candidato a vice-presidente, mas também para senadores e senadoras, deputados e deputadas que compõem o Time do Lula (veja aqui os candidatos apoiados por Lula em Santa Catarina e em todo o Brasil).

“Eu preciso de senadores e deputados. Porque, se a gente ganhar, a gente vai ter que dar um jeito no Centrão, acabar com o orçamento secreto, cumprir o salário da enfermagem e melhorar o piso dos professores”, afirmou (assista ao evento no fim desta matéria).

“Vamos devolver ao país a alegria” 

Seu novo governo será um governo construído de forma democrática, garantiu o ex-metalúrgico. Serão retomadas as Conferências Nacionais para elaboração de políticas públicas e criados ou recriados importantes ministérios, como o das Mulheres, da Cultura, da Pesca, da Segurança Pública e dos Povos Originários.

“Nós temos que assumir a responsabilidade, mais uma vez, de devolver ao país a alegria, a esperança, a felicidade, o direito de sorrir, o direito de comer três vezes ao dia, o direito de sonhar com uma universidade e uma escola técnica, o direito de sonhar e poder cuidar da família dignamente, que é o sonho de todos nós”, discursou Lula.

E ressaltou que o objetivo nunca será o de tirar nada de ninguém, mas de garantir dignidade a todos. “O que queremos é uma casa, criar nossos filhos em paz e harmonia e que eles possam estudar e possam tirar um diploma de doutor. O que nós queremos é que nossos jovens, depois de formados, tenham um emprego de qualidade.” 

Pensando na juventude, Lula se comprometeu ainda em investir mais em ciência e tecnologia e em levar banda larga a todo o território nacional. “É para que a gente possa enfrentar o conhecimento digital e não ficarmos pendurados no conhecimento americano ou chinês. A nossa juventude é inteligente, a gente pode criar, inventar e não depender da indústria de dados deles”, analisou. 

“Minha causa é o povo brasileiro” 

Por isso, uma das preocupações será também o de apoiar o empreendedorismo, garantindo crédito para quem deseja investir em um novo negócio. “O que nós precisamos é dar oportunidade. Não é o Estado quem faz, o Estado abre as portas. Quem vai fazer é a juventude brasileira, na hora em que ela tiver oportunidade”, previu.

Lula ainda desafiou Jair Bolsonaro a mostrar alguma grande obra que tenha feito em Santa Catarina e anunciou que retomará os investimentos em saneamento básico e no Minha Casa Minha Vida, que além de melhorar a qualidade de vida população, geram empregos.

E lembrou que seu maior compromisso continua sendo o de acabar com a fome no país, o que já fez um a vez. “A minha causa se chama Brasil, se chama povo brasileiro, e esse povo vai voltar a ter emprego, a comer, a passear. Vai voltar a sorrir e a ser feliz outra vez. 

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Alckmin, Décio e Dário

Também participaram do comício Alckimin, a ex-presidenta Dilma Rousseff e os candidatos a governador Décio Lima (PT) e a senador Dário Berger (PSB), que integram o Time do Lula no estado.

Alckmin contou que havia chegado a Santa Catarina bem cedo e perguntado para mais de 10 pessoas qual foi a obra de Bolsonaro no estado. “Nenhuma”, ressaltou. 

“Pior é o que foi feito no Brasil inteiro. Desemprego, entre os jovens, mais de 30%. Fome, que já tinha ido embora, 33 milhões de pessoas. Inflação do café da manhã, mais de 30%. Negacionismo. O Brasil tem 3% da população, teve mais de 10% das mortes por Covid. Contra o SUS, nomeou um general que não sabia o que era o SUS. Retrocesso na educação e na questão ambiental”, elencou o ex-governador de São Paulo.

Décio Lima, por sua vez, levou uma mensagem de esperança e prometeu, ao lado de sua vice, Bia Vargas (PSB), um governo de inclusão.

“Com todos esses companheiros e companheiras, nós vamos resgatar a esperança do nosso povo. Vamos aqui, Lula, te orgulhar com o governo que vamos realizar, eu e Bia Vargas. Ela, que traz comigo a garantia de um governo para as mulheres e a garantia de que este vai ser um estado do amor, da solidariedade, da inclusão.”

Já o candidato ao Senado Dário Berger lembrou que esta é a eleição mais importante do Brasil nas últimas décadas. “O que está em jogo é o futuro de Santa Catarina, o futuro do Brasil, o futuro da democracia e o nosso próprio futuro e dos nossos filhos”, ressaltou. 

Dilma: Lula é a opção certa para o Brasil

Como sempre muito aplaudida, Dilma disse que o Brasil tem muita sorte de poder contar, neste momento tão importante, com um líder como Lula. E incentivou a todos a buscarem uma vitória já no primeiro turno.

“O voto é uma opção pessoal de cada um de nós. Mas estamos numa situação muito difícil neste país. Precisamos acelerar a possibilidade de mudança. Daqui até a eleição, são 14 dias. Até o último dia campanha, são 13. E tem gente que ainda não escolheu seu candidato. Vamos dar uma força para eles, porque, agora, não é só uma opção pessoal, é uma opção que a gente tem que fazer pelo Brasil. E a opção correta que temos de fazer em 2 de outubro tem um nome. Chama-se Lula”. 

Discursaram ainda David da Silva, filho de uma motorista e de uma cozinheira que se tornou advogado graças ao Prouni; a jovem Sofia Câmara, que pediu especial atenção a uma educação que prepare a juventude para o futuro; a candidata a vice-governadora Bia Vargas, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Manuela D’Ávila, vice-presidente nacional do PCdoB.

Da Redação

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