Lula recebe integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens

O ex-presidente Lula aproveitou o encontro para agradecer ao MAB pela defesa de sua inocência. O movimento integrou a Vigília Lula Livre

lula.com.br

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, nesta quarta-feira (20), o MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens). A urgência de centralizar o debate nas questões de defesa da soberania nacional foi o principal tema do encontro, diante do desmonte promovido pelo governo Bolsonaro.

O movimento, que esteve em evidência neste ano ao atender as vítimas de Brumadinho, ressaltou o ciclo de rompimentos de barragens após a posse do atual governo, em decorrência do afrouxamento da política de segurança e fiscalização das barragens. 

Lula lembrou que, muitas vezes, movimentos como o dos Atingidos por Barragens são vistos pelo governo como inimigos, e que hoje tem clareza do papel fundamental exercido pelo MAB. “Os companheiros que atuam em movimentos como vocês não são inimigos do governo, pelo contrário. Ajudam, muitas vezes, quem está no governo a fazer menos cagadas”, disse, destacando o enfraquecimento das políticas de monitoramento das barragens no país. 

Ontem, data em que o crime ambiental de Brumadinho completou 300 dias, mais um corpo foi localizado na lama, somando 255 vítimas do rompimento. Quinze pessoas ainda estão desaparecidas. 

Lula debateu ainda a ausência de uma política social na construção das barragens, que não oferece, por exemplo, royalties aos atingidos. 

Para o movimento, a questão energética é fundamental. “Nosso problema não é de matriz energética, nem de produção, e sim o sistema abusivo de lucro da energia, que quem controla é o capital financeiro”, afirmou o dirigente do MAB, Luiz Dalla Costa. 

“A questão energética é fundamental para o debate da soberania nacional e de como reconstruir o país em um projeto de desenvolvimento com distribuição de renda e participação popular”, ressaltou.

Agradecimento

 

O ex-presidente Lula aproveitou o encontro para agradecer ao MAB pela defesa de sua inocência. O movimento foi um dos que compôs, durante 580 dias de prisão política, a Vigília Lula Livre, que permaneceu em resistência na frente da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. 

Por Lula.com.br

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