Maioria dos brasileiros é favorável a discussão de gênero nas escolas

Levantamento encomendado pelo MEC mostra que 55,8% dos brasileiros são a favor de que questões de gênero e sexualidade sejam inclusos no currículo escolar

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55,8% dos brasileiros são a favor de que questões de gênero e sexualidade sejam inclusos no currículo escolar

A maioria dos brasileiros é favorável a questões de gênero e sexualidade inclusos no currículo escolar. Um levantamento encomendado pelo Ministério da Educação (MEC), que acabou sendo escondido por meses e divulgado pelo G1, mostra que um total de 55,8% dos entrevistados aprova o debate em sala de aula.

A pesquisa feita pelo Instituto GGP em janeiro de 2018, mas que foi divulgada apenas nesta terça-feira (5), indicou que 38,2 são contra a inclusão da temática e 6% não souberam responder. O MEC confirmou ao G1 que a gestão anterior contratou o levantamento, mas não esclareceu os motivos da contratação, nem o porquê de não terem tornado público os resultados.

A região Sul foi onde mais pessoas se mostraram favoráveis, com 63,1%, Centro Oeste e Norte (60,4%), No Sudeste, 52,5% concordaram. Entre os católicos, a opinião também foi favorável (57,5%), porém entre os evangélicos, apenas 46,7% defenderam que questões do tema fossem inclusas na escola.

O levantamento também mostra que 65,2% das pessoas defendem que o preconceito contra LGBTs é um tema que deve ser incluído no currículo.

Racismo

A pesquisa abordou o tema racismo nas escolas, e a maioria dos entrevistado respondeu que ele existe bastante e é muito grave (77,2%). Esse índice de resposta foi maior entre os mais pobres e os moradores do Nordeste, 84% e 85,4% respectivamente. A maioria também acredita que o tema deve ser incluído no currículo escolar (77,2%).

As cotas também foram assunto do levantamento. A maior parte da população é favorável (62,7%) mas ficaram divididas em relação ao tipo de cota. O índice de pessoas que são a favor apenas de cotas sociais é de 32,7% e 29,9% disseram aprovar tanto as cotas sociais quanto as raciais.

O levantamento ouviu 2.004 pessoas de 11 estados e do Distrito Federal.

Da Redação da Secretaria Nacional de Mulheres do PT com informações do G1

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