Manuela D’Ávila, alvo de fake news e do machismo de bolsonaristas

A candidata a vice-presidenta luta contra a disseminação de notícias falsas e ataques machistas dos fãs de Bolsonaro

Reprodução/ TV Cultura

Manuela D'ávila

A candidata a vice-presidenta Manuela D’Ávila (PCdoB) tem lutado contra um exército bolsonarista que se dedica a propagar notícias falsas a seu respeito, muitas das vezes valendo-se de ataques machistas.

Montagens grotescas com imagens da vice de Fernando Haddad e a manipulação de suas falas são os principais meios encontrados pela extrema-direita raivosa para difamar Manuela.

A maioria das mensagens são moralistas, machistas e misóginas, e se propõem a intuir que Manuela não se encaixa no padrão de de mulher “bem vista” pela sociedade e que, por isso, não merece ocupar a vice-presidência.

Na última segunda-feira (22), a candidata utilizou as redes sociais para desmentir uma imagem que circula no Facebook, na qual a foto de uma mulher de calcinha é compartilhada acompanhada da frase “vice de Haddad, quer ser a vice presidente do Brasil”, induzindo tratar-se de Manu.

Na rede social, a candidata esclareceu que essa é mais uma mentira dos apoiadores de Bolsonaro.

“Esses canalhas mentirosos, investigados por financiamento ilegal de R$ 12 milhões em envio de fake news por whats, tem que se decidir: ou sou essa magra sem tatuagens ou a tatuada”, escreveu Manu.

Sobre as tatuagens, Manu refere-se a outra foto que também divulga mentiras, na qual os bolsonaristas mostram Manuela com uma aparência menos saudável do que de costume e com tatuagens do médico e revolucionário Ernesto ‘Che’ Guevara e também do líder da Revolução Russa Vladimir Lênin. Sobre o caso, Manuela se posicionou:

“O machismo e a misoginia seguem com suas manguinhas de fora. Depois de ler uma foto sobre meu cabelo, agora começam as fotos manipuladas. Vejam o tipo: aumentaram minhas olheiras (são grandes mesmo, acordo às 5h com minha filha! E ainda a amamento pro desespero dos que sexualizam esse ato lindo da natureza) e fizeram tatuagens no meu corpo.”

É recorrente apelarem para a aparência de Manuela no momento dos ataques. No último dia 19, o apresentador Danilo Gentili, conhecido pela sua postura machista e piadas de gosto questionável, utilizou uma foto da adolescência da candidata referindo-se a ela como “barril de chopp”, por conta do seu peso na época.

Ao ataque de Gentili, Manuela respondeu: “Eu entendo a raiva que causo em homens como ele. Sou uma mulher livre, feliz, realizada pessoal e politicamente. Nada pode gerar mais insegurança e raiva do que uma mulher que ama a si mesma e que constrói uma vida cheia de realizações como eu e tantas de nós.”

No dia 8 de outubro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou a retirada de 33 links do Facebook que traziam fake news contra Manuela. Somando o alcance desses posts, havia 146.480 compartilhamentos e 5.190.942 visualizações.

A notícia falsa vinculava à imagem de Manuela a condutas que ofendiam o público cristão. Atribuía, também, à candidata a entrega de materiais pornográficos a crianças.

Em decisão proferida no domingo (10), a Justiça ordenou a retirada de outros 40 links com mentiras que difamam a candidata, também a respeito do conteúdo anterior.

Na quinta-feira (18), uma reportagem da Folha de S. Paulo denunciou que a campanha do candidato Jair Bolsonaro recebe financiamento ilegal e milionário de grandes empresas para manter uma indústria de mentiras na rede social WhatsApp.

Segundo a reportagem, pelo menos quatro empresas foram contratadas para disparar mensagens ofensivas e mentirosas contra o PT e o candidato Fernando Haddad, a preços que chegam a R$ 12 milhões.

A campanha de Haddad e Manu criou um site e disponibilizou o número (11) 9 9322-3275 para acolher denúncias de fake news via WhatsApp.

Por Redação, da Secretaria Nacional de Mulheres do PT

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