Margarida Salomão rebate Weintraub e destaca importância do ensino público

Para a deputada, a presença do ministro no plenário da Câmara foi desrespeitosa pois ele manipulou e omitir explicações sobre os cortes

Gustavo Bezerra

Margarida Salomão (PT-MG): “Os recursos existem e não são utilizados penalizando ainda mais os estudantes e os profissionais da educação”

A coordenadora da Frente Parlamentar Pela Valorização das Universidades Federais, deputada Margarida Salomão (MG), criticou hoje (15) duramente o ministro da Educação, Abraham Weintraub, pela realização de cortes nas universidades federais, institutos federais e no ensino fundamental e infantil. Segundo ela, a presença do ministro no plenário da Câmara, para tratar do tema, conteve “graves equívocos” além de ser desrespeitoso ao conjunto de parlamentares pela manipulação de números e omissão em explicações sobre os motivos dos cortes.

A deputada observou que o primeiro erro crasso de Weintraub é instituir um antagonismo entre educação superior e fundamental. Ela lembrou que a Constituição de 1988 “trata a educação como política de Estado, de forma integrada”, por intermédio de diferentes ações definidas ao longo do tempo pelo Congresso Nacional, com leis e planos específicos.

Ela rebateu também números citados por Weintraub para tentar mostrar que o Brasil gasta muito com educação. Margarida Salomão mostrou que em razão dos limites orçamentários impostos pela Emenda Constitucional 95, da época do governo golpista Michel Temer, os investimentos em educação caíram de 7% do Produto Interno Bruto (a soma, em valores monetários, de todos os bens e serviços produzidos no País) para 5,5%, inferior a todos os países integrantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Margarida Salomão destacou a importância da universidade pública para o desenvolvimento do País e também para a implementação de justiça social, dada a massiva participação de estudantes de camadas menos favorecidas da população. Ela lembrou que 67% do universo de 1,2 milhão de estudantes das universidades públicas, 67% deles têm renda menor que dois salários mínimos.

Por PT na Câmara

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