MEC reajusta taxa do ENEM após 10 anos congelada

Segundo o ministro da Educação, o reajuste leva em consideração a inflação dos últimos 10 anos

A taxa de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) sofreu o primeiro reajuste após mais de dez anos congelada, segundo anunciou o ministro da Educação, Janine Ribeiro, nessa quinta-feira (15). O valor passou de R$ 35 para R$ 63, acréscimo menor que a inflação acumulada na última década, de 84%.

O último reajuste aconteceu na prova de 2004. “Tudo subiu na sociedade e esse valor está o mesmo desde muito tempo. O reajuste foi feito levando em consideração a variação inflacionária no período”, explicou o ministro.

Segundo o Ministério da Educação, o custo médio da aplicação do exame por estudante é de R$ 52, o que justifica o valor cobrado na inscrição.

Quando comparado à taxa de inscrição dos vestibulares das maiores universidades públicas e particulares do país, mesmo com o aumento, o Enem tem o menor valor. A Universidade de Brasília (UnB) cobra R$120 por candidato; para prestar vestibular na Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), da Universidade de São Paulo (USP), o estudante terá que desembolsar R$ 145; caso a vaga pretendida seja da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), a taxa é um pouco mais cara, R$ 150.

Mudanças – O MEC apresentou também mudanças processo do envio dos cartões de confirmação da inscrição. Antes enviado pelos Correios, agora o documento deverá ser impresso pelo estudando pelo site do Enem. Com essa medida serão economizados quase R$ 18 milhões. O cartão serve para consulta e não precisa ser apresentado no local do exame.

Isenção – A partir do ano que vem, o candidato  isento de pagar a inscrição que não comparecer no dia da prova e não justificar terá que arcar com os custos no ano seguinte caso, queira refazer o exame.

“Uma pessoa não pode ter isenção graças a recursos que a sociedade está pagando, e jogar isso fora. Há uma responsabilidade moral que é preciso assumir. E no escopo educacional, a ética é fundamental. Educação é também ter responsabilidade com os próprios atos”, afirmou o ministro, em coletiva de imprensa realizada ontem.

De acordo com Janine, cerca de 30% das provas impressas acabam sem uso por conta das faltas. Segundo dados do MEC, 65% dos faltosos do Enem do ano passado eram alunos isentos.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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