Ministra propõe combate ao agronegócio protecionista

Kátia Abreu acusa setores de travarem acordos de livre comércio

(Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, afirmou, nesta terça-feira (5), que setores do agronegócio resistem à abertura de novos mercados e funcionam como entrave à obtenção de acordos comerciais de livre comércio.

Após reunião com representantes de países-membros do Mercosul e da Aliança do Pacífico, a ministra admitiu que a utilização da desvalorização cambial para aumentar as exportações, como solução de combate à retração econômica interna vivida pelo Brasil, tem resistência no agronegócio.

No encontro, foram discutidas estratégias de negociação de acordos comerciais e harmonização de normas sanitárias e fitossanitárias, com o objetivo de ampliar as vendas externas.

Katia Abreu ressaltou que negociações com outros países tendem a aquecer a economia e gerar empregos, como resultado do aumento das exportações e obtenção de resultados mais favoráveis da balança comercial do país.

“Existem alguns setores, algumas corporações, que resistem à abertura dos mercados devido ao protecionismo de décadas. Temos que superar isso”, defendeu a ministra, em entrevista coletiva após o encontro.

Para efeitos comparativos, ela lembrou que o Brasil só tem oito acordos bilaterais, enquanto países da Aliança do Pacífico, como Peru, Colômbia, Chile e México, detêm 48, ou seja, seis vezes mais, apesar de terem menos pujança econômica. “O Mercosul se encontra em uma situação inferiorizada”, observou Kátia Abreu.

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A ministra Kátia Abreu, e representantes dos ministérios da Agricultura dos países do Mercosul e da Aliança do Pacífico. (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

Para a ministra, a atitude protecionista desses setores precisa ser combatida pelo Poder Público e os brasileiros em geral, por ser contrária aos “interesses brasileiros”. Segundo ela, os setores do agronegócio que resistem à abertura econômica são um entrave à formalização de novos acordos de comércio.

“O Ministério da Agricultura está lutando contra o tempo, fazendo o dever de casa. Esperamos que até o final de maio, início de junho, tudo esteja superado e que possamos fazer os primeiros negócios”, afirmou.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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