Moro negou em sete entrevistas que entraria para política

Responsável pela operação Lava Jato em Curitiba aceitou assumir Ministério da Justiça, mas já disse em várias ocasiões que não teria carreira política

Fábio Rodrigues Pozzebom - Agência Brasil

Sérgio Moro

O juiz Sérgio Moro já comprovou a farsa jurídica montada contra o PT e Lula ao ser “premiado” com o Ministério da Justiça no governo Bolsonaro, mas cada detalhe na história reforça ainda mais a parcialidade do juiz através de suas próprias contradições. Segundo a Agência Lupa, Moro afirmou em pelo menos sete entrevistas que jamais entraria para a política.

Em 2016, após o estouro da operação Lava Jato, Sérgio Moro concedeu entrevista ao jornal O Estado de São Paulo e afirmou que “jamais entraria para política”. Foi firme ao dizer que não se envolveria com política. “Sou um homem de Justiça e, sem qualquer demérito, não sou um homem da política. Acho que a política é uma atividade importante, não tem nenhum demérito, muito pelo contrário, existe muito mérito em quem atua na política, mas eu sou um juiz, eu estou em outra realidade, outro tipo de trabalho, outro perfil. Então, não existe jamais esse risco”.

Para a BBC, Moro tbm negou a possibilidade de uma carreira política. “A resposta é não, não tenho nenhuma pretensão de ir para uma carreira política. Meu trabalho é como magistrado, simples assim”, declarou durante viagem aos Estados Unidos.

Em setembro de 2017, o juiz foi questionado, em entrevista ao jornal chileno La Tercera, sobre uma possível candidatura para as eleições de 2018. Sua resposta mais uma vez foi negativa. “já declarei publicamente, mais de uma vez, que sou candidato só a prosseguir na carreira da magistratura. Não há nenhuma possibilidade de uma carreira política”.

Para a Globo News, o magistrado disse “não ter vocação para política”. “Não existe nenhum empecilho normativo. Mas a minha opção de vocação é outra. Eu sou um juiz e pretendo permanecer como juiz”.

O jornal o Globo perguntou a Moro qual era sua opinião sobre juízes que começavam carreiras políticas e sua resposta foi que “sua escolha pessoal é permanecer como magistrado”.

No início de 2018, Moro participou do programa Roda Viva e afirmou que um juiz “não pode declarar preferências eleitorais”. “Vejo bons candidatos, outros nem tanto, e outros que mereçam um juízo maior de censura. As eleições, nós como brasileiros, não podemos entrar cabisbaixos e dizendo que não existem condições de eleger um bom candidato”.

Em mais um episódio, o juiz mentiu ao jornal Bloomberg ao declarar que a hipótese de uma candidatura sua seria uma “fantasia”.

Parece que as convicções de Sergio Moro eram só fachada para tirar Lula das eleições, promover Bolsonaro e ganhar, em troca, um ministério.

Da Redação da Agência PT de Notícias com informações da Lupa

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