Movimento 100+ cobra ações do governo mineiro contra Covid-19

Liderados pelo prefeito Daniel Sucupira (PT), de Teófilo Otoni, gestores de municípios com mais de 100 mil habitantes querem liberação de verbas vinculadas à saúde

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Daniel Sucupira (PT), prefeito de Teófilo Otoni/MG

O Movimento 100+, criado em Minas Gerais e integrado por prefeitos de municípios com mais de 100 mil habitantes, cobra do governo do Estado mais ações com relação ao enfrentamento da pandemia de Covid-19. Liderado pelo prefeito de Teófilo Otoni, Daniel Sucupira (PT), o movimento também pede ao governo estadual o envio de insumos e medicamentos (kit intubação) para manutenção de pacientes da COVID-19 sedados em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nos hospitais dos municípios.

Após vários encontros anteriores com autoridades mineiras, os prefeitos que integram o Movimento 100+ foram recebidos no dia 26 de abril pelo presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargador Gilson Soares Lemes.

Os prefeitos querem a ajuda do TJMG para intermediar um acordo com o governo mineiro para que o Estado volte a fazer repasses de verbas vinculadas à saúde. Segundos os gestores, há atraso desde 2013, e a ausência do repasse aos municípios está tornando ainda mais crítica a administração da área de saúde, durante a pandemia da covid-19. Atualmente, segundo o Movimento 100+, a dívida total é de aproximadamente R$ 6 bilhões.

O presidente Gilson Lemes recebeu o grupo, ouviu as principais reivindicações para a construção de um futuro acordo e prometeu levar o caso diretamente ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema.

“Trata-se de uma reivindicação justa, pois o Estado não vem repassando as verbas vinculadas à saúde. E com a pandemia a situação se agrava com a falta de verbas para pagamento de pessoal e compras de insumos”, disse o presidente.

Para o prefeito de Teófilo Otoni, Daniel Sucupira, “a situação é caótica”. Ele disse que os repasses das verbas são constitucionais e deveriam estar sendo feitos, principalmente durante a pandemia, quando a situação se agravou.

“A constituição obriga que os municípios gastem 15% do orçamento com a saúde. Com a pandemia estamos gastando mais de 30%, com o pagamento de médicos e compra de insumos, e as verbas do Estado não estão chegando aos caixas dos municípios”, lamentou.

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, que participa desde o início do Movimento 100+, reafirmou durante o encontro que o movimento não tem um cunho político-partidário, e que é inteiramente voltado para a busca de uma solução urgente para se evitar um colapso. “Sabemos das dificuldades do Estado e estamos aqui para busca um acordo para aliviar a situação das prefeituras”, afirmou Kalil.

Também participaram da reunião o secretário de Governo da Prefeitura de Belo Horizonte, Adalclever Lopes; a prefeita de Lavras, Jussara Meneccuci; o prefeito de Sete Lagoas, Duílio Castro; o prefeito de Ubá, Edson Teixeira; e o vice-prefeito de Contagem, Ricardo Faria.

Da Redação, com assessoria do TJMG

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