Na reta final, militância se mobiliza para reeleger Haddad

Animados com as pesquisas, apoiadores de Haddad se reúnem para a virada na campanha e para garantir continuidade das mudanças em SP

Fotos: Fernando Cavalcanti

Com a reforma na legislação, somente pessoas físicas podem fazer doações para as campanhas eleitorais. Para o prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Fernando Haddad, esta é uma mudança muito positiva por mobilizar e aproximar os candidatos dos eleitores.

“Se você se inspirar no que a cidade de São Paulo é hoje, no que ela pode vir a ser, se esta onda continuar, se esta onda prosperar, aí nós temos uma chance. Mas aí você precisa se mobilizar (…) Discutir São Paulo e ocupar São Paulo”, convocou Haddad pelo Facebook.

Em 2016, a campanha mobilizou não somente petistas como militantes independentes que não querem retrocessos em São Paulo. E mais: não querem que seja eleito um dos candidatos da bancada do golpe – Celso Russomano (PRB), Marta Suplicy (PMDB) e João Doria (PSDB).

No centro da cidade, o ponto de encontro da militância é a Casa Pense Diferente, na rua Augusta nº 774, inaugurada em setembro. “Foi pensada para ser um ponto de encontro para a campanha”, explicou Gabriel Medina, em entrevista à Agência PT de Notícias.

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“Nós começamos uma nova dinâmica e agora ela fica aberta todos os dias até as 21h. Lá, nós produzimos material, fazemos debates. É um espaço aberto para as pessoas pegarem material, fazerem atividades, programarem coisas. É uma casa para servir de referência para as pessoas”, afirmou.

Rádio Haddad na Quebrada. Todo dia, na hora do almoço, o programa reúne militantes e moradores de diferentes bairros de São Paulo para falar de tudo o que foi feito em cada região. Na terça-feira (27), por exemplo, vão para M’Boi Mirim. Na quarta, para São Mateus, na quinta, para o Capão Redondo e, na sexta, no Brás.

Nas redes sociais, a militância também se mobiliza para reunir apoiadores do prefeito. No Facebook, uma das páginas é “A cidade é sua“, mantida por um grupo de voluntários que se organizam para pegar depoimentos.

Leoni, Gregorio Duvivier, Tonico Pereira, Pascoal da Conceição e Laerte estão entre os nomes mais conhecidos que gravaram um vídeo para explicar por que Haddad precisa continuar.  Passam pela página também diversos apoiadores que não são famosos, como professores, estudantes, jornalistas e políticos.

Nesta segunda-feira, o movimento “A cidade é sua divulgou” um videoclipe feito pelos artistas Tiê, Edgard Scandurra, Pélico, Taciana Barros, Saulo Duarte e a Unidade, Coruja BC1, Luiz Thunderbird e Marina Wisnik, sob direção musical de Xuxa Levy. No final, o bônus é um depoimento de Chico Buarque.

A militância também faz artes e memes para ajudar a divulgar, por exemplo, que tem merenda orgânica nas escolas municipais.

Está no ar também o grupo aberto do Facebook “Eu voto no Haddad, me pergunte por quê“, que serve não só para reunir argumentos como para trocar experiências de campanha nas ruas.

“Um motivo pra votar em Haddad: projeto transcidadania. Têm muitos outros, mas eu escolhi esse porque tornar visível o invisível”, escreveu um participante.

“Ciclovias: em nenhum lugar do mundo civilizado ciclovias foram implantadas e depois desativadas. Aqui em São Paulo, candidatos falam em desfazer e privatizar ao invés de aumentar. As reclamações em SP são absolutamente desproporcionais. O que ocorreu foi uma maravilhosa expansão da rede cicloviária que gerou uma aumento exponencial de ciclistas e pasmem: DIMINUIÇÃO DE MORTES”, postou outro apoiador.

“Poderia falar outras coisas, mas voto no Haddad por ter sido o PRIMEIRO prefeito a colocar ônibus 24hs. Quando adolescente passei MUITA roubada por não ter esse serviço”, é outro argumento.

Pelo Facebook, WhatsApp e Telegram, voluntários organizam a confecção de material de campanha diferente daquele feito pelo partido, como camisetas e adesivos. Além dessas, existem outras páginas que se formam a cada dia. E você, já participou da campanha hoje?

Por Carla Escaleira e Daniella Cambaúva, da Agência PT de Notícias

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