Nos últimos 7 anos, tarifa de energia subiu mais que o dobro da inflação

Consequência da má gestão econômica de Bolsonaro e da privatização da Eletrobrás, Aneel já projeta aumento médio de 5,6% da tarifa da energia elétrica para o próximo ano

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O povo brasileiro não tem descanso. Driblar o curto orçamento para conseguir pagar as contas é tarefa árdua na vida das famílias brasileiras, que irão pagar mais caro pela conta de luz em 2023. Sequela da má gestão econômica de Bolsonaro e da privatização da Eletrobrás, o novo aumento previsto pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve elevar a tarifa de energia a média de 5,6%.

A informação foi repassada ao governo de transição nesta quinta-feira, 23, em uma reunião entre diretores da Aneel e a equipe do governo Lula.

“A Aneel apresentou durante o encontro um panorama das principais questões em discussão no setor elétrico, relativas aos segmentos de geração, transmissão, distribuição e comercialização, além dos temas que estão atualmente em debate que merecem maior atenção da equipe de transição”, informou a agência.

Após golpe, conta de luz subiu mais que o dobro da inflação

As famílias brasileiras pagam mais caro pelas más decisões dos governos do golpe na gerência do sistema de geração e distribuição de energia elétrica do país.

Nos últimos sete anos, a tarifa residencial das contas de luz subiu 114%, ou mais que o dobro (137%) da inflação acumulada de 48% no período. Os dados são da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel).

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Projeção dos reajustes

Os reajustes variam conforme cada distribuidora de energia. Os valores dependem dos custos de compra, da transmissão e da distribuição de energia elétrica.

Conforme a Aneel, as projeções de aumento são:

– 7 distribuidoras devem ter reajuste superior a 10%

– 15 distribuidoras com reajuste entre 5% e 10%

– 17 distribuidoras devem ter reajuste entre 0% e 5%

– 13 distribuidoras devem ter reajuste inferior a 0%

Em 2022, o reajuste na conta de luz para os consumidores residenciais está, em média, em 10,83%, segundo os dados mais recentes da Aneel.

De acordo com a agência, os percentuais entre as regiões têm sido desiguais, pesando mais para os consumidores do Norte, Centro-Oeste e Nordeste. Alta explicada, principalmente, pelos custos de distribuição.

Bolsonaro entregou a Eletrobrás de graça

Eletrobras, presente em todos os estados da federação, é a maior empresa de energia elétrica da América Latina. A estatal lucrou quase R$ 40 bi nos últimos quatro anos, tem hoje R$ 15 bi em caixa e endividamento muito reduzido. Está pronta investir no Brasil e gerar empregos, desenvolvimento. Soaria estranho em qualquer lugar do mundo que alguém dissesse que uma empresa deste porte está sendo liquidada por menos que R$ 30 bi. Mas no fim de feira do Brasil de Bolsonaro o absurdo perdeu a modéstia.

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privatização da Eletrobras coloca o Brasil na contramão do mundo. Até nos EUA, berço do capitalismo, as hidrelétricas são geridas pelo Estado, pelo corpo de engenheiros do Exército. Alemanha, Estados Unidos, Austrália e União Europeia já anunciaram medidas para barrar a venda de parte ou o total de empresas estratégicas. O Brasil pode se tornar refém no cenário internacional com a sua soberania alugada. 

Da Redação, com informações do G1

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