Novo ministro de Bolsonaro é investigado por fraude e improbidade

Ricardo Salles era suspeito de participar, no governo estadual, como interlocutor de interesses de empresas, e foi investigado por enriquecimento ilícito

Reprodução/ Revista Fórum

Ricardo Salles

Jair Bolsonaro (PSL) divulgou neste domingo (9) a escolha do ex-secretário estadual do Meio Ambiente de São Paulo, na gestão de Geraldo Alckmin (PSDB), Ricardo de Aquino Salles, para o Ministério do Meio Ambiente. Ele também foi secretário particular do tucano.

Salles concorreu ao cargo de deputado federal pelo Novo, mas não se elegeu. O militar fez o anúncio, como de costume, por intermédio de sua conta no Twitter. Salles é o 22º e último ministro do futuro governo.

De acordo com informações do G1, o ex-secretário do estado de Meio Ambiente é investigado em uma ação civil pública por favorecer empresas de mineração na escolha do mapa de zoneamento do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Tietê. Na avaliação do Ministério Público, ocorreu fraude nas mudanças, que podem prejudicar o meio ambiente.

O MP pediu, em março de 2017, a anulação do plano de manejo e o afastamento do então secretário Salles, o que foi negado em primeira instância. Em segunda, um desembargador acatou o pedido do MP e anulou o plano, em um processo avaliado em mais de R$ 50 milhões. Salles pediu demissão e deixou o governo em agosto de 2017.

O futuro ministro de Bolsonaro também é alvo de um processo por improbidade administrativa, por violação aos princípios constitucionais da administração pública, e responde a um processo civil por danos ao erário.

De acordo com a promotora de Justiça Miriam Borges, em junho de 2017, Salles era suspeito de participar, no governo estadual, como interlocutor de interesses de empresas, tendo sido investigado em inquéritos policiais por enriquecimento ilícito e advocacia administrativa. Um dos processos penais foi trancado pela Justiça, por solicitação da defesa.

Salles é advogado e criador do movimento Endireita Brasil. Também virou notícia por incitar crimes contra a esquerda inúmeras vezes em suas redes sociais.

Por Revista Fórum

 

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