“O Brasil não para mais”, diz Lula ao visitar obra retomada em Sergipe 

Duplicação de trecho da rodovia BR-101, que estava paralisada, é uma das várias obras apontadas como prioritárias pelos governadores. Por isso, recebeu recursos do Ministério dos Transportes

Ricardo Stuckert

Lula cumprimenta funcionários que trabalham na duplicação da BR-101: "O Brasil precisa crescer, gerar emprego, renda e melhoria na vida das pessoas" (Foto: Ricardo Stuckert)

O Brasil voltou, definitivamente, a andar. Um dia depois de relançar o Minha Casa Minha Vida, que deve contratar 2 milhões de moradias até 2026, Lula mostrou, nesta quarta-feira (15), que seu governo já retomou importantes obras que estavam paradas.

O presidente viajou, ao lado de ministros e parlamentares, até o município sergipano de Maruim, a 35km da capital Aracaju, para vistoriar a duplicação de um trecho da BR-101. A obra foi retomada em janeiro, depois de ser apontada como prioritária pelo governo estadual. 

“O país voltou a funcionar. Vim aqui em Maruim para anunciar que as 14 mil de obras que ficaram paradas nos últimos seis anos vão voltar a funcionar porque o Brasil precisa crescer, gerar emprego, gerar renda, gerar consumo, gerar melhoria da qualidade de vida das pessoas”, disse Lula na visita (assista no fim desta matéria).

“Eu tenho quatro anos de mandato e quero dedicar cada hora do dia e da noite para o povo brasileiro acreditar que este país vai dar certo. Vamos ter um país com menos mentira, menos provocação e mais emprego e mais trabalho”, afirmou. “O Brasil não para mais. São quatro anos que vão valer por 40.”

Lula também agradeceu ao Congresso Nacional pela aprovação da PEC da Transição, ou PEC do Bolsa Família, no fim do ano passado, que garantiu os recursos para as obras que estão sendo retomadas. “Essa conquista nós temos que agradecer a todos os deputados e senadores que votaram na PEC e permitiram que a gente voltasse a fazer o Brasil voltar a funcionar.”

Lula viajou com os ministros Márcio Macedo (Secretaria-Geral da Presidência), Renan Filho (Transportes) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social), o senador Rogério Carvalho (PT-SE) e o deputado federal João Daniel (PT-SE). A comitiva foi recebida pelo prefeito de Maruim, Gilberto Maynart (PT), e pelo governador Fábio Mitidieri (PSD).

Um país a ser reconstruído

Segundo Renan Filho, por meio da pasta dos Transportes, já foram aprovadas cerca de 100 obras como a visitada em Sergipe. De acordo com o ministro, em 2023, o governo Lula fará mais nessa área do que o governo Bolsonar fez em quatro anos. “Chega da mentira de dizer que o país estava andando quando, na verdade, estava parado”, afirmou.

O ministro se referia a uma das tristes marcas do desgoverno Bolsonaro: a paralisação de obras. Desde 2020, de acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), o índice de obras interrompidas no país chegou a 38,5%, chegando, em três anos, a quase 10 mil paralisações em diversas áreas, inclusive na pavimentação e duplicação de rodovias. As obras suspensas somam R$ 20 bilhões, de acordo com relatório divulgado pelo tribunal em novembro do ano passado.

Por isso o presidente Lula brigou pela aprovação da PEC da Transição antes mesmo de tomar posse e chamou todos os 27 governadores para conversar no primeiro mês de governo. A eles foi pedida uma lista de três obras fundamentais para o desenvolvimento de seus estados.

A iniciativa foi reconhecida pelo governador Fábio Mitidieri. “Eu quero agradecer ao presidente Lula porque ele deu aos governadores o direito de apresentar três propostas para seus estados”, disse, acrescentando que, além da duplicação da BR-101 e da BR-235, Sergipe solicitou a conclusão do Canal do Xingó e da Ponte Neópolis-Penedo, que vai ligar o estado a Alagoas.

Geração de empregos

A retomada de obras é fundamental para a economia do país. Além de garantir uma infraestrutura melhor, que ajuda no transporte de produtos e no fortalecimento do turismo, obras como a visitada por Lula geram empregos. E empregos significa mais dinheiro circulando no comércio, mais produção para dar conta dessa demanda e, consequentemente, mais empregos, em um ciclo virtuoso de crescimento.

Neste momento, 120 trabalhadores atuam na duplicação do trecho que vai do quilômetro 70 ao 77, mas muitos postos de trabalho ainda serão criados apenas nessa obra, uma vez que ela se estenderá — e já há recursos garantidos para isso — do quilômetro 51,8 até o 206.

Da Redação, com Palácio do Planalto e Governo de Sergipe

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