Para brasileiros, Bolsonaro faz péssimo trabalho e é culpado pelo caos da pandemia
Pesquisa mostra que 54% dos brasileiros consideram o trabalho de Bolsonaro ruim ou péssimo. É a maior rejeição a um presidente no início do terceiro ano de mandato desde Fernando Collor, que sofreu impeachment
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Jair Bolsonaro não consegue mais esconder sua responsabilidade pela morte de mais de 280 mil brasileiros durante a pandemia de Covid-19. Pesquisa Datafolha publicada nesta quarta-feira (17) mostra que 54% dos brasileiros consideram a atuação dele ruim ou péssima. É a maior rejeição de um presidente no início do terceiro ano de governo desde Fernando Collor, que sofreu impeachment.
Na pesquisa anterior, no fim de janeiro, o índice de pessoas que consideravam o trabalho de Bolsonaro ruim ou péssimo era de 48%. Houve, portanto, uma elevação de seis pontos percentuais, segundo o instituto, que ouviu 2.023 pessoas nos dias 15 e 16 de março.
O Datafolha perguntou também quem seria o culpado pela catástrofe atual da pandemia, o presidente, os governadores, os prefeitos, a população ou todos. Bolsonaro recebeu a maior parte das respostas a essa pergunta, sendo considerado culpado por 43% entrevistados.
Brasil tem 1 em cada 5 mortes do mundo
Após passar um ano negando a gravidade da pandemia, sabotando medidas de isolamento social e até mesmo recusando a oferta de milhões de vacinas que poderiam salvar a vida de brasileiros, Bolsonaro resolveu, nos últimos dias, trocar, pela terceira vez, o ministro da Saúde e adaptar seu discurso, defendendo a vacinação e aparecendo em público usando máscara.
Como a pesquisa deixa claro, porém, os brasileiros não engolem a mentira e sabem que ele foi o responsável por deixar o Brasil viver a maior crise hospitalar da história e se tronar o lugar do mundo onde a Covid-19 mais mata atualmente, com uma vida perdida a cada 30 segundos. Hoje, com menos de 4% da população mundial, o país é responsável por 20% das mortes. Ou seja, a cada cinco vítimas do coronavírus em todo o planeta, uma é brasileira. Bolsonaro precisa ser parado.
Da Redação, com Folha de S. Paulo