Para Dilma, Temer faz desmonte da política escolhida pelas urnas

Durante entrevista a uma rádio pernambucana, a presidenta eleita afirmou que o desmonte feito pelos golpistas atinge as políticas sociais, saúde e educação

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A presidenta eleita Dilma Rousseff denunciou que o governo golpista de Michel Temer vem fazendo “desmonte de uma política implantada nas urnas” por meio de redução de gastos em políticas sociais, na saúde e na educação.

As declarações foram dadas em entrevista à Rádio Folha, de Pernambuco, nesta terça-feita (5).

“Eles estão desmontando isso aos poucos. Até porque o presidente interino disse que as maldades vão vir depois”, falou, lembrando a declaração feita por Temer prometendo “medidas impopulares a partir de um certo momento”.

Dilma classificou como “escândalo” o reajuste dos servidores que impactará os cofres públicos em R$ 7 bilhões apenas esse ano.

“É um escândalo reajustar R$ 7 bilhões para quem mais ganha e os mais pobres não serem reajustados”, criticou.

A presidenta eleita chamou de “demagógica” a nova meta fiscal proposta pelo golpista Temer ao Congresso Nacional, de um déficit de R$ 170 bilhões.

“Eu discordo dessa nova meta fiscal. Ela foi criada para fazer benesses e bondades para se consumar o golpe. Outra medida que não concordo: o limite do teto de gastos. Acho que não é necessário reduzir gastos com Saúde e Educação para se obter o equilíbrio fiscal”, criticou.

Dilma voltou a dizer que qualquer processo de reforma política passa por sua volta e garantiu que continua firme na luta pelo retorno da democracia.

“Acredito e luto todo dia para que essa crença vire realidade. Não só pelo meu mandato, mas pelo resgate da democracia. Esse processo de impeachment é uma fraude. Estão usando artifícios para me afastar”, acrescentou.

Dilma ainda mostrou preocupação com os interesses por trás da política econômica implementada pelos golpistas.

“O grande problema é saber a que interesses quem está no comando da atividade econômica atende. Eu não tenho que concordar com tudo que o governo interino concorda. Resta saber se ele [Meirelles] concorda”, disse.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Brasil 247

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