Parlamentares e entidades cobram votação do piso da enfermagem

Presidente da Câmara dos Deputados informou à Frente Parlamentar da Enfermagem que proposta do piso salarial para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem da rede pública e privada, além de parteiras, não deve entrar na pauta de votação do plenário este ano

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Lira avisa que dificilmente piso salarial da saúde será votado ainda este ano

Na reta final de votações das propostas legislativas de 2021 no Congresso Nacional, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), informou à Frente Parlamentar da Enfermagem que dificilmente será votada a proposta que cria o piso salarial dos profissionais de saúde.

A categoria pressiona para que o piso seja apreciado pelos parlamentares da Câmara ainda este ano. No último dia 24, com o apoio da Bancada do PT, o Senado Federal aprovou o substitutivo ao Projeto de Lei (PL 2.564/2020), que define o piso salarial de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem da rede pública e privada, além de parteiras.

Conforme a Frente, Lira teria dito que o PL é polêmico e que, por isso, não passará pelo Plenário e sim pelas comissões temáticas, por meio de audiências públicas.

Para a coordenadora do Setorial Nacional de Saúde do Partido dos Trabalhadores (PT), Eliane Cruz, o piso salarial e a jornada de trabalho da enfermagem fazem parte de lutas históricas.

“Valorizar a enfermagem é valorizar a saúde. Lira quer garantir lucros acima da vida. Estamos unidos para garantir a aprovação do PL 2.564/90”, ressalta.

Deputados que defendem o piso nacional para a categoria apresentaram requerimento de urgência, mas o pedido tem de ser votado pelo plenário, o que depende da vontade de Lira.

Entidades reclamam de custo extra

Em nota divulgada pela Federação Brasileira de Hospitais (FBH) e a Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB) estimaram que a aprovação do piso nacional para enfermeiros e técnicos de enfermagem pode criar um custo extra com salários e encargos de R$ 18,4 bilhões por ano para o setor de saúde público e privado.

Desse total, R$ 12,5 bilhões teriam de ser custeados pela União, pelos estados, municípios e pelos hospitais filantrópicos. As estimativas levaram em conta os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho de 2019, com base no número de enfermeiros e técnicos atuando no país e o salário médio que recebem.

Piso nacional de R$ 4.750

Segundo o projeto, relatado pela senadora Zenaide Maia (Pros-RN), o piso salarial nacional para os enfermeiros será de R$ 4.750,00 mensais, com previsão de correção pela variação anual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Também estão asseguradas a manutenção dos salários vigentes superiores ao piso e previsão do respeito ao piso nos acordos individuais, acordos, contratos e convenções coletivas.

A proposta ainda estabelece que técnicos de enfermagem receberão mensalmente pelo menos 70% desse valor referencial e auxiliares de enfermagem e parteiras, 50% do piso salarial da enfermagem.

Da Redação, com informações do Congresso em Foco

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