Parlamentares repudiam editorial repulsivo da Folha de S. Paulo

“Editorial da Folha ‘Jair Rousseff’ é repulsivo. Dilma é uma mulher honesta e democrata, foi vítima de boicote que afundou o seu governo e do golpe que criou Bolsonaro. O pano de fundo é o teto de gastos que é nefasto com a área social, mas que o jornal admira passando o pano para o rentismo”, afirmou Gleisi, em sua conta no Twitter

Gustavo Bezerra

Deputado Federal Alexandre Padilha (PT-SP)

Parlamentares da Bancada do PT na Câmara usaram suas redes sociais, neste sábado (22), para repudiar editorial do jornal Folha de S. Paulo que compara o presidente de ultra direita Jair Bolsonaro e o seu governo neoliberal à ex-presidenta Dilma Rousseff e o seu governo voltado para a proteção social do brasileiros. “A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), classificou de “repulsivo”, o editorial que tem como título Jair Rousseff.

“Editorial da Folha Jair Rousseff é repulsivo. Dilma é uma honesta e democrata, foi vítima de boicote que afundou o seu governo e do golpe que criou Bolsonaro. O pano de fundo é o teto de gastos que é nefasto com a área social, mas que o jornal admira passando o pano para o rentismo”, afirmou Gleisi, em sua conta no Twitter.

Na avaliação do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), a Folha não tem o direito de comparar Bolsonaro a Dilma Rousseff. “Dilma nunca trataria com desdém a vida do povo brasileiro e permitiria a desproteção da economia. Agindo assim, a Folha tira a responsabilidade da elite que trocou Haddad por Bolsonaro”, protestou.

Para o deputado Nilto Tatto (PT-SP) é vergonhosa a comparação feita pelo jornal. “Vergonhosa e covarde a comparação que a Folha de S.Paulo tenta estabelecer entre Dilma Roussefff e Bolsonaro. Cunhar o nome Jair Rousseff é tão infame como “Ditabranda”, criticou. O deputado avaliou ainda que a Folha tenta se eximir da responsabilidade que possui por apoiar golpes à democracia e a demonização da política brasileira.

A deputada Erika Kokay (PT-DF) afirmou que o editorial da Folha “é digno de todo nosso asco e repúdio”.  Ela enfatizou que Jair Bolsonaro “é um ser desprezível” e ressaltou que “Dilma é uma mulher que enfrentou a ditadura, a tortura e faz oposição aos fascistas de cabeça erguida”. E completou que a ex-presidenta merece “toda consideração e respeito”.

Desrespeito

A deputada Maria do Rosário (PT-RS) enfatiza que o desrespeito da Folha já começa pelo título. “Que desrespeito! Não se mistura o nome de um pústula que defende a tortura com o de uma pessoa que foi torturada. Publicar isso é pisar sobre sangue e dor. Que vergonha!!!!”, criticou.

Indignado, o deputado Alexandre Padilha (PT-SP) também indaga como o jornal tem coragem de fazer um editorial chamado Jair Rousseff? “Como pode ter coragem de colocar o fascismo ao lado de uma das maiores lideranças mulheres que o Brasil já teve, torturada pela ditadura, e que encarou de frente a horda parlamentar de golpistas?”, questionou.

Na mesma linha, o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minoria da Câmara, deputado Helder Salamão (PT-ES), protestou e quis saber como é que o jornal teve coragem de fazer a associação. “Como é que a Folha tem a coragem de fazer um editorial chamado Jair Rousseff? Como pode ter coragem de colocar um desqualificado ao lado da honrada, gigante e líder Dilma Rousseff?”. O deputado ainda manifestou o repúdio ao jornal e enviou seu abraço “solidário à querida Dilma”.

Para o deputado Rui Falcão (PT-SP) trata-se de uma “sacanagem” o que o jornal fez no seu editorial. “De muito mau gosto o título do editorial de hoje da Folha de S. Paulo. É sacanagem fazer o que o jornal fez com a ex-presidenta Dilma”, afirmou.

E o deputado Alencar Santana Braga (PT-SP) lançou uma pesquisa em seu Twitter para saber qual é o melhor editoria que a Folha não teve coragem de escrever: “Jair Temer, Jair Guedes ou Jair miliciano?”.

Editorial

No editorial, a Folha defende o teto de gasto público e atribui a crise econômica atual às políticas sociais do governo Dilma. O jornal sugere ainda que Bolsonaro tende a descumprir o limite orçamentário para pavimentar um caminho seguro à reeleição.

PT na Câmara

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