Petista é escolhida por Malala para compor rede de educação

Pernambucana Sylvia Campos, presidenta do Movimento Infantojuvenil de Reivindicação, é uma das que terão projetos patrocinados pelo Fundo Malala

Reprodução Facebook

Sylvia e Malala durante encontro em Salvador (BA)

Símbolo da luta pelos direitos humanos e das mulheres, a paquistanesa Malala Yousafzai esteve no Brasil nesta semana para anunciar a entrada de três brasileiras na Rede Gulmakai, iniciativa do Fundo Malala que patrocina projetos voltados para a educação de meninas ao redor do mundo.

Uma das contempladas é a pernambucana Sylvia Siqueira Campos, presidenta do Movimento Infantojuvenil de Reivindicação (Mirim).

A iniciativa foi criada em 1990 para “defender e promover os direitos humanos com foco na infância, adolescência e juventude, a fim de combater as desigualdades, estimular a cidadania ativa e radicalizar a democracia”.

Segundo Sylvia, o diálogo com o Fundo durou dois meses, e o projeto contemplado será desenvolvido junto a meninas negras periféricas, quilombolas e indígenas.

“O Fundo Malala vai apoiar uma estratégia de três anos de formação em direitos e formulação de políticas públicas, especificamente no Plano Estadual de Educação. Vamos ter um olhar focado na produção de dados desagregados, construção de argumentos e disputa de orçamento”, explica Sylvia.

Para Sylvia, a vinda de Malala ao Brasil “é uma mensagem para o povo, carregada de demonstração de amor revolucionário, solidariedade internacional entre as meninas e mulheres”.

“Malala é uma militante dos direitos humanos com uma consciência política ampla sobre o Brasil. Ela sabe dos cortes de políticas públicas de base, como a educação, e tem acompanhando o estado de ódio e violência na política institucional brasileira, do assassinato político de Marielle e da prisão política de Lula“, completa.

As outras duas ativistas escolhidas por Malala são a baiana Ana Paula Ferreira e a paulista Denise Carreira. Ana Paula é uma das coordenadoras da Associação Nacional de Ação Indigenista (Anaí), criada em 1979 para “promover e respeitar a autonomia cultural, política e econômica e o direito à autodeterminação dos povos indígenas”.

Denise é coordenadora adjunta da organização Ação Educativa, que há 24 anos atua na “promoção dos direitos educativos e da juventude, tendo em vista a justiça social, a democracia participativa e o desenvolvimento sustentável no Brasil”.

Nascida em 1997, no Paquistão, Malala Yousafzai ficou conhecida pela sua luta por uma educação igualitária, principalmente em sua terra natal, onde as mulheres foram proibidas de frequentar a escola. Em 2014, ela se tornou a pessoa mais jovem receber o Prêmio Nobel da Paz.

Por Geisa Marques, da Comunicação Elas por Elas

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