Populismo de Bolsonaro remonta ao tempo de Hitler, diz revista
Renomada publicação norte-americana diz que campanha do candidato da extrema-direita pegou uma”página diretamente do manual nazista”
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Atenta aos movimentos antidemocráticos da campanha do PSL, a imprensa internacional vê com grande preocupação a disputa eleitoral no Brasil dada a postura do candidato da extrema-direita Jair Bolsonaro.
O militar já rendeu mais de 50 reportagens negativas em publicações no mundo todo e nesta sexta-feira (5) foi tema de profunda análise da Foreign Policy, premiada revista bimestral norte-americana, que o comparou a Adolf Hitler. “Ao contrário das formas anteriores de populismo (à esquerda e à direita) que abraçaram a democracia e rejeitaram a violência e o racismo, o populismo de Bolsonaro remonta ao tempo de Hitler”, avaliou a publicação.
O texto lembra ainda das lamentáveis – e muitas vezes criminosas – declarações do deputado federal do PSL: “Ele quer que os criminosos sejam mortos em vez de julgados. Ele apresenta os povos indígenas como “parasitas” (…) chamou refugiados do Haiti, da África e do Oriente Médio de “escória da humanidade”, faz declarações racistas e misóginas, acusou os afro-brasileiros de serem obesos e preguiçosos e defendeu a punição física das crianças para tentar evitar que elas fossem gays”.
Em outro trecho resume com maestria o que representa a sua disputa ao cargo mais importante do país. “Sua campanha é uma mistura de racismo, misoginia e posições extremas de lei e ordem”, definiu a revista.
Não é uma coincidência que, no mês passado, no Brasil, a embaixada alemã tenha sido sitiada online por comentaristas afirmando que o nazismo era o socialismo. Os críticos rotularam Bolsonaro de nazista por suas tendências nacionalistas de extrema-direita, e muitos dos comentaristas indignados no posto da embaixada alemã eram defensores do ex-militar.
Outro ponto que teve destaque na reportagem foi a declaração dada pelo radical de que não aceitaria outro resultado nas eleições que não fosse a sua vitória. Como se vê, o desprezo ao poder soberano do povo brasileiro é notório. “Esta é uma clara ameaça à democracia”, sublinhou a revista.
Da Redação da Agência PT de Notícias com informações da Foreign Policy