Preço dos alimentos segura IPCA, que veio abaixo do esperado em setembro

Comida mais barata contribui para inflação de 0,48%. Indicadores apontam para um cenário de preços mais controlados, abrindo caminho para redução da taxa de juros

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Com Lula, a queda no preço dos alimentos tem segurado a inflação

Mais uma boa notícia para o consumidor: a inflação de setembro foi menor do que o esperado, trazendo um alívio importante para o bolso das famílias, aponta o IBGE, em boletim divulgado nesta quinta-feira (9). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,48% no mês, um resultado que, apesar de acelerar em comparação com agosto (-0,11%), revela um cenário inflacionário menos preocupante, especialmente pela quarta queda consecutiva nos preços de Alimentação e Bebidas (-0,26%). O resultado, fruto direto das políticas públicas do presidente Lula, beneficia as famílias da base da pirâmide social brasileira.

O mês de setembro trouxe um cenário de contrastes para a mesa dos brasileiros. Por um lado, itens essenciais ficaram significativamente mais baratos, impulsionando a deflação na alimentação consumida em casa. Tomate (-11,52%), cebola (-10,16%), alho (-8,70%), batata-inglesa (-8,55%) e arroz (-2,14%) lideraram as quedas, aliviando o custo das compras de supermercado. Segundo Fernando Gonçalves, gerente do IPCA, essa redução se deve à “maior oferta dos produtos”, um fenômeno que já se reflete na desaceleração da alimentação fora do domicílio, com uma queda nos preços das refeições.

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O alívio nos alimentos foi parcialmente ofuscado, no entanto, pelo aumento na energia elétrica residencial, que saltou 10,31% e teve um impacto considerável no índice geral. A alta é reflexo do fim do Bônus de Itaipu e da manutenção da bandeira tarifária vermelha patamar 2, pesando mais na conta de luz dos brasileiros.

Inflação sob controle abre caminho para juros menores

Apesar do aumento pontual na energia, a análise dos dados do IPCA aponta para uma trajetória de preços mais benigna. O percentual de produtos que subiram de preço, conhecido como difusão, recuou de 57% para 52%, indicando que menos itens estão contribuindo para a inflação. Além disso, a média dos núcleos de inflação, que medem a tendência central dos preços excluindo os itens mais voláteis, desacelerou para 0,19% (frente a 0,29% em agosto).

O economista Paulo Gala ressaltou esses aspectos favoráveis, destacando em suas redes sociais que, “sem o choque energético, o IPCA teria ficado próximo de zero”. A deflação nos alimentos, combinada com a desaceleração de outros indicadores, reforça a expectativa de um controle mais efetivo da inflação nos próximos meses, apontou o economista.

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Perspectivas animadoras para a economia

Com o acumulado do ano em 3,64% e 5,17% nos últimos 12 meses, o cenário sugere que a inflação continuará sua trajetória descendente. Fatores como uma safra agrícola favorável mantendo a pressão baixa nos alimentos, a desaceleração nos serviços (inclusive na alimentação fora de casa) e a estabilidade nos preços administrados (excluindo ajustes pontuais como o da energia) sustentam essa projeção.

Setores como Comunicação (-0,17%) e Artigos de residência (-0,40%) já mostram deflação, enquanto Vestuário (0,63%) e Saúde (0,17%) registram aceleração moderada, com a Educação (0,07%). Com um quadro de mais estabilidade, cria-se no país um ambiente favorável para o Banco Central iniciar um necessário ciclo de cortes na taxa básica de juros, o que pode impulsionar a atividade econômica e trazer reflexos positivos para o país.

Da Redação

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