Preso político da ditadura fala sobre Central de Cartas a Lula

Ivan Seixas, preso político na época da ditadura militar falou nesta sexta-feira (20) em evento em São Paulo sobre as cartas a Lula

Foto: Elineudo Meira

Seixas, Juliana Cardoso e Duboc em São Paulo

Ivan Seixas, preso político na época da ditadura militar falou nesta sexta-feira (20) em evento no Teatro Studio Heleny Guariba, no centro de São Paulo, sobre a importância da Central de Cartas #LulaLivre.

Segundo Ivan Seixas, a atitude de escrever cartas para Lula é simples, mas muito eficaz, além de passar força para resistência do preso político, ela ajuda a cercar e a derrotar a ditadura atual que estamos vivendo, a exemplo do que ocorreu na ditadura militar.

“A ditadura não foi derrubada por conta das cartas, mas as cartas ajudaram a derrotá-la politicamente com a mobilização da anistia internacional que enviava carta de pessoas de outros países aos presos políticos no Brasil”, afirmou Ivan Seixas.

A colheita de cartas da população pela Central de Cartas #LulaLivre tem se espalhado pelo Brasil. Já foram identificadas iniciativas em Recife, Belo Horizonte, São José do Rio Preto (SP) e em Goiás. Em São Paulo, a ideia é expandir a iniciativa para várias regiões da cidade.

Durante o evento, a atriz e uma das organizadoras da Central de Cartas #LulaLivre Débora Duboc entrevistou Ivan Seixas e abriu espaço para a fala do ex-deputado e estadual e também preso político na época da ditadura militar, Adriano Diogo e a vereadora Juliana Cardoso. Para Duboc, o Lula hoje representa a democracia encarcerada que estamos vivenciando.

De acordo com a vereadora Juliana Cardoso, outro papel importante das cartas é que ela abre o espaço para o diálogo hoje muito restrito e com isso ajuda a furarmos a bolha de comunicação criada pela grande mídia.

Sobre Ivan Seixas

Preso pela repressão da ditadura em 1971 com seu pai Joaquim Alencar Seixas, sua mãe e suas irmãs. A família escutou os tiros da execução de seu Pai. Ivan era um menino de 16 anos, menor de idade e foi adotado pela Anistia Internacional. Através desta entidade recebeu cartas do mundo todo.

Por Diane Costa do PT de São Paulo

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