PT inicia inserções nacionais na TV mostrando como a escala 6×1 afeta as mulheres

Legenda deixa claro que é contra a exploração do trabalhador e da trabalhadora

Reprodução

O PT luta pelo fim da escala 6x1, que vai beneficiar milhões de famílias

Atento às demandas da sociedade brasileira, o Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras deu início às suas inserções na TV tratando de um tema caro para as mulheres: o fim da escala 6×1. 

A peça de 27 segundos mostra a rotina de uma mãe e sua extenuante jornada de trabalho, sem conseguir acompanhar os filhos, evidenciando a sobrecarga que paira sobre as brasileiras A defesa da pauta representa a luta pelo direito de mulheres e homens a terem dignidade na vida. 

Para a secretária nacional de Mulheres, Anne Moura, ver o PT iniciar as suas inserções priorizando as mulheres sinaliza para a sociedade que o maior partido da América Latina está atento às reais demandas das brasileiras. 

“Todo mundo sabe que o fim da escala 6×1 vai beneficiar milhões de famílias, incluindo milhares de mulheres. O trabalhador e a trabalhadora merecem qualidade de vida. E aí a gente destaca também a importância da política nacional do cuidado, tema que o governo Lula tem pautado com muita seriedade. A SNMPT defende a necessidade de nacionalizar o debate para o país. Tanto o fim da escala 6×1 quanto o trabalho do cuidado são temas caros e urgentes para as mulheres”, ressaltou.

Em entrevista à Folha de São Paulo, o secretário nacional de comunicação do PT, Éden Valadares, comentou sobre a peça para a TV: “São vídeos com uma pegada forte de emoção, sem nenhuma liderança estrelando, com o foco mais em como a jornada de trabalho pesada afeta bem mais as mulheres do que os homens”.

Importante destacar que o fim da escala 6×1 figurou entre as principais reivindicações apresentadas pela sociedade durante os protestos realizados no último dia 21, contra a PEC da Blindagem. Isso evidencia que o PT está em consonância com os desejos da população.

Trabalho do Cuidado 

Outra frente que tem sido defendida pela SNMPT, principalmente pelo Executivo – e que dialoga diretamente com o fim da jornada da escala 6×1 – é a Política Nacional do Cuidado. 

Sancionada em dezembro pelo presidente Lula, a medida representa um passo inédito na atuação do Estado na busca de dividir as responsabilidades do cuidado entre família, governos e empresas. 

Apesar de ser um debate novo, o assunto precisa ganhar capilaridade entre a sociedade para que a agenda ganhe capilaridade. É fundamental sair da esfera nacional e ser territorializada nos estados e municípios. Segundo dados do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero (OBIG) do Ministério das Mulheres, o tema do cuidado está diretamente relacionado à sobrecarga que recai sobre as mulheres. 

Cerca de 40,2 milhões de brasileiras são chefes de famílias e estão em posições de vulnerabilidade, e com renda menor se comparadas aos homens. Desse número, 69,2% pretas ou pardas e 60,3% delas com rendimento mensal per capita de até meio salário mínimo, aponta o Relatório Anual Socioeconômico da Mulher 2025

Portanto, a manutenção da escala 6×1 dificulta o acesso a um descanso adequado, à convivência com a família e a oportunidades de lazer e crescimento pessoal e profissional. Enfermeiras, balconistas de farmácias, empregadas domésticas, copeiras, cozinheiras. A maioria são mulheres e muitas delas são mães. 

As funções são diversas, mas com uma realidade comum: muitas horas em transportes públicos, baixos salários, poucos benefícios e quase nenhum direito. A jornada de trabalho do lar também soma-se ao desgaste emocional e físico, não sobrando tempo para que as mulheres possam cuidar da própria saúde, por exemplo.

Da Redação do Elas por Elas, com informações da Folha de S. Paulo

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