Em Brasília: “Recua fascista, recua, o poder popular está na rua”

A oposição ocupou a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, neste domingo, 7, contra o fascismo, em defesa da democracia, do Brasil e dos direitos do povo. Organizada e pacífica, a manifestação esvaziou o discurso de Bolsonaro que acusou os protestantes de “terroristas”. Protestos afirmam a presença do povo nas ruas.

Adriano Machado

Manifestação em Brasília afirma presença do povo nas ruas em defesa do Brasil, contra o preconceito racial e pelos direitos do povo

A oposição ocupou a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, neste domingo (7), contra o fascismo, em defesa da democracia, do Brasil e dos direitos do povo. A manifestação pacífica reuniu profissionais da saúde, torcidas organizadas, comunidade negra, comunidade LGBT, estudantes, mulheres, professores, representantes das comunidades indígenas, artistas, movimentos sociais e partidos políticos.

“Recua fascista, recua, é o poder popular que está na rua” e “Fora, Bolsonaro” deram o tom da mobilização na capital federal. A caminhada contou com participação de pessoas de todas as idades. A exemplo dos Estados Unidos e outros países, a manifestação respeitou os protocolos sanitários, com distanciamento, distribuição de álcool em gel e uso de máscaras.

A manifestação pacífica reuniu profissionais da saúde, torcidas organizadas, comunidade negra, estudantes, mulheres, movimentos sociais e partidos políticos. Foto: George Marques/Twitter.

Defesa do SUS

“Manifestação antifascista ocupa Esplanada com protestos pela democracia”, noticiou o jornal Correio Braziliense em manchete de sua versão online, às 09:37da manhã. Em faixas, cartazes e palavras de ordem, os manifestantes denunciaram as ameaças de “intervenção militar” e a repressão à comunidade negra.

Os manifestantes também defenderam o Sistema Único de Saúde (SUS) e prestaram solidariedade aos mortos por Covid-19 em todo o país. “Vidas negras, vidas das mulheres, vidas dos profissionais da saúde importam”, entoaram em coro os manifestantes.

O protesto  lembrou os nomes da vereadora Marielle Franco, do menino João Pedro, do norte-americano George Floyd e outros negros assassinados pelo violência policial.

A manifestação lembrou os nomes da vereadora Marielle Franco, do menino João Pedro, do norte-americano George Floyd e outros negros assassinados pelo violência policial. Foto: Adriano Machado.

PT e partidos presentes

“Agora, em Brasília”, anunciou a presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), postando em seu perfil de Twitter um vídeo do início da manifestação. Lideranças do Partido dos Trabalhadores do Distrito Federal e de outros partidos políticos participaram da manifestação, com suas respectivas bandeira.

Durante a semana, apontando o caminho das ruas, o PT divulgou nota alertando que “a democracia não pode ser intimidada. “As manifestações pacíficas de rua contra Bolsonaro e o fascismo são o fato novo na luta pela democracia e pela vida no Brasil”, assinalou a nota assinado pela presidenta Gleisi e pelas lideranças do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), e do PT na Câmara, deputado Enio Verri (PR) .

“São ações legítimas, protegidas pelo Artigo 5º. Da Constituição, que garante de forma expressa o direito às liberdades de expressão, reunião e de associação”, ressaltam as lideranças petistas.

Na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, manifestação exige respeito à vida, à democracia e aos direitos do povo. Foto: Adriano Machado.

A marcha pela Esplanada, por orientação dos organizadores, durou pouco mais de uma hora, evitando provocações alguns poucos bolsonaristas. Ao final, a manifestação afirmou a presença do povo nas ruas e esvaziou o discurso de Bolsonaro que acusou os manifestantes de “terroristas”. A Policia Militar impediu a manifestação de chegar à Praça dos Três Podres.

Na última quinta-feira (4/6), pessoas que se diziam agentes da Polícia Federal estiveram na sede do Diretório Nacional do PT em Brasília e do PT do Distrito Federal, denunciou o PT em nota oficial.

Sem se identificar funcionalmente e sem portar mandado judicial, disseram investigar a suposta presença de seguranças privados em manifestações públicas na Praça dos Três Poderes, nos dias 21 de maio e 4 de junho.

 

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