Resistência de Lula fortaleceu luta contra o ‘lawfare’ no mundo, afirma Mélenchon
“Eu celebro, porque sempre confiei no Lula e por isso o visitei em seus dias de cativeiro”, lembrou o atual presidente da Argentina, Alberto Fernández, que visitou Lula em 2019. Evento mediado por Fernando Haddad, também com participação do advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, fez parte das comemorações dos 41 anos do PT. Assista o debate na íntegra
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“Agora já conhecemos como o juiz Moro manipulava os promotores, que se prestavam a isso, para garantir que Lula não pudesse ser candidato. Agora Graças a Deus parece que as provas revelam claramente como foi a perseguição a Lula”, afirmou o presidente da Argentina, Alberto Fernández. “Sempre confiei no Lula e por isso o visitei em seus dias de cativeiro”, lembrou Fernández, que visitou Lula em 2019, quando ainda não era presidente da Argentina. “Fui com a plena convicção de visitar uma pessoa inocente que estava presa”, concluiu.
"Tenho plena confiança que o Brasil reverá tudo isso que está ocorrendo. Só gera penúria ver o uso que se faz da justiça em prejuízo de muita gente", @alferdez https://t.co/TnCmIPEuLa
— PT Brasil (@ptbrasil) February 22, 2021
Em formato virtual, a “Conferência Internacional sobre Lawfare”, realizada na segunda-feira, dentro da programação das comemorações dos 41 anos do PT, contou com a presença do Chefe de Estado Presidente da Argentina, Alberto Fernández; do líder político francês do campo progressista, Jean-Luc Mélenchon, e do advogado Antônio Carlos de Almeida Castro (Kakay). A conferência será mediada pelo advogado, ex-prefeito de São Paulo e pré-candidato a Presidência da República, Fernando Haddad.
“Eles estão nos culpabilizando para que o povo se envergonhe de seus líderes”, denunciou o líder francês, Jean-Luc Mélenchon, em sua manifestação durante a conferência. Alvo de perseguição judicial-policial em seu país, Mélenchon destacou que “se Lula não tivesse tido toda essa força de caráter, isso teria fortificado o campo dos nossos adversários no mundo inteiro”. De acordo com o líder francês, “como vocês não se deixaram vencer no Brasil, nós na França também não seremos vencidos. Nós vamos resistir”.
"Se Lula não tivesse tido toda essa força de caráter, isso teria fortificado o campo dos nossos adversários no mundo inteiro.", @JLMelenchon https://t.co/TnCmIPEuLa
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Extremismo da direita no mundo
Mediador do debates, o ex-prefeito de São Paulo, ex-ministro da Educação e candidato a presidência pelo PT em 2018, Fernando Haddad advertiu que o “que está em marcha hoje e que deve ser denunciado é justamente esse avanço do extremismo da direita no mundo. Esse extremismo coloca em risco conquistas da nossa Constituição”. “Nós estamos falando de justiça, isso não tem nada a ver com com política partidária, mas com o tipo de sociedade que nós queremos construir”. Haddad também foi alvo de tentativa de criminalização por meio de ação judicial com objetivo de atacá-lo politicamente.
“Esse julgamento que se dará no STF, não há hipótese de ter um caso mais clássico de Lawfare, um caso mais clássico em que houve o uso indevido do recurso jurídico para uma perseguição política”, alertou o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. “Esse juiz (Sergio Moro) tinha um projeto político…um juiz parcial. Ele e seu grupo são responsáveis por esse governo autoritário e fascista que aí está, os principais eleitores.”, afirmou Kakay.