Ricardo Salles chega a Washington rotulado como “terrorista” e “traidor”

Após discurso ambiental do governo ser recusado pela ONU, ministro do Meio Ambiente chega aos Estados Unidos sob protestos de ONGs e oposição do Congresso americano

Fábio Rodrigues Pozzebom - Agência Brasil

Reprovado por milhões de brasileiros, Bolsonaro passou a ser rejeitado também por presidentes de outras nações. Depois de ofender diversos chefes de estado, Bolsonaro manterá sua fama de “fujão”, adquirida durante as eleições de 2018, e não deve comparecer à Assembleia-Geral da ONU, maior encontro de líderes mundiais. Após destruir a Amazônia e cortar a verba para a prevençao de incêndios, Jair tem medo de protestos na ONU. E as manifestações já começaram, mas com outros membros do governo.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, desembarcou nesta quinta-feira (19) em Washington, capital dos Estados Unidos, e foi recebido por manifestantes do Greenpeace, da Code Pink e da Amazon Watch. Segundo a Folha de S. Paulo, as organizações ambientalistas receberam o ministro com caixas de fósforo gigantes e chamaram Salles de “terrorista” e “traidor”, devido ao descaso de seu ministério com a proteção da Amazônia.

Em entrevista à Folha, Andrew Miller, diretor de advocacia do Amazon Watch, afirmou que “esse governo precisa saber que, onde quer que vá, vamos protestar”. Diana Ruiz, do Greenpeace, ressaltou que “o que acontece na Amazônia importa a todos”, afirmou ao jornal.

Boicote internacional

Devido à ineficiência do governo Bolsonaro na proteção das florestas brasileiras, parlamentares americanos exigem que o governo do país suspensa o comércio e as negociações com o Brasil. Na terça-feira (17), Peter DeFazio, deputado democrata, enviou inúmeras cartas de legisladores para diversas empresas multinacionais, como Nestlé, Unilever e Danone. O objetivo é estimular estas corporações a parar de importar soja e carne brasileira.

Enquanto isso, o senador democrata Bob Menendez liderou um grupo de parlamentares da casa que pediram á administração de Trump que ajude o Brasil a combater as queimadas. Em carta, os congressistas criticam a postura hostil de Bolsonaro em relação às leis de conservação e preservação da Amazônia.

Washington não foi o único lugar do mundo onde o governo Bolsonaro foi criticado nesta quinta (19). Na Áustria, o Parlamento do país aprovou uma moção para forçar o governo austríaco a vetar o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia. O principal motivo da recusa ao tratado foi o descaso do governo brasileiro com a Amazônia. Diplomatas brasileiros temem que a atitude do Legislativo austríaco influencie outros parlamentos da Europa a fazerem o mesmo.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Folha de S. Paulo

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