Tarso explica diferenças do projeto do PT e PSDB

Em carta ao povo gaúcho, o governador pede apoio para ampliar as conquistas dos 12 anos de governo federal e a para a continuidade de seu mandato

Em carta aos gaúchos, o governador Tarso Genro, candidato à reeleição, agradece aos votos do primeiro turno e defende o projeto do PT, tanto no Rio Grande do Sul como para o Brasil. “Nestes últimos doze anos, nossos governos colocaram em marcha esta lógica, tendo o povo no centro da política, não como objeto, mas como sujeito de sua própria história, princípio democrático e base fundamental da verdadeira mudança em curso”, diz Tarso.
Carta ao Povo Gaúcho

Cidadãs e Cidadãos Rio-grandenses,

Primeiramente gostaria de agradecer às 2.024.417 pessoas que no dia 05 de outubro, depositaram sua confiança em nosso projeto, nossas ideias e propostas para uma sociedade mais justa e solidária. O que mais nos orgulha e, ao mesmo tempo, aumenta nossa responsabilidade, é que demarcamos com o conservadorismo, afirmando nossas bandeiras e deixando claro que, aqui no Rio Grande, o compadrio e o estado à serviço dos poderosos sempre enfrentará a resistência de uma grande parcela do povo gaúcho.

Nestas eleições ficou claro que estão em disputa dois projetos. Para o senado não nos sagramos vencedores, por um pequeno número de votos. Mas a disputa ainda está em aberto e temos a responsabilidade e a vontade de ganhá-la com nossa militância e mobilização, reelegendo neste segundo turno, Dilma Presidente e Tarso Governador. O avanço, a amplitude e o aperfeiçoamento das conquistas destes últimos doze anos e o que devemos garantir com a reeleição do nosso projeto, tanto em nível estadual como federal.

A grande pergunta que faz o nosso povo e que devemos responder junto com ele, é a seguinte: à quem tem servido o Estado brasileiro e à quem deve servir e de que forma? Para nós, o Estado brasileiro, na dimensão federal, estadual e municipal, deve funcionar bem e melhor, não para poucos, nem para alguns, mas para a maioria do povo. Por isso, se ampliar e não reduzir o controle público sobre o Estado. Nestes últimos doze anos, nossos governos colocaram em marcha esta lógica, tendo o povo no centro da política, não como objeto, mas como sujeito de sua própria história, princípio democrático e base fundamental da verdadeira mudança em curso.

Com tudo isso, temos consciência que, neste curto espaço de tempo, não foi possível promover todas as reformas estruturais necessárias para colocar o Estado à serviço da maioria. O povo brasileiro vem conquistando, gradativamente, em nossos governos, vários direitos. São conquistas importantes, mas ainda insuficientes. Mas mesmo assim, contrariam interesses poderosos que se mobilizam para impedir que avancemos e que o povo continue protagonizando-as, como sujeito e não como objeto da política. Essas mudanças precisam ser aprofundadas e temos compromisso, história, condições e capacidade, com Dilma e Tarso, para fazê-lo.

As candidaturas que disputam conosco este segundo turno, a Presidência da República e ao Governo do Rio Grande, representam um projeto antagônico ao nosso e já deram vários sinais, quando governaram o país e o estado, de sua concepção que fazem da máquina pública cidadela dos grandes interesses. Querem uma democracia sem povo. E uma cidadania tutelada sob controle dos de cima. Por isso, tentaram barrar o Sistema Nacional de Participação Social criado pela Presidenta Dilma, negando, na prática, o que disfarçam no discurso, o espírito “de rebeldia com causa” das mobilizações de junho.

Nosso projeto não se reduz a um episódio, por mais importante que seja, como é uma Eleição. É muito maior porque critica a estrutura da sociedade e propõe transformações que embalam os sonhos de gerações e que estamos a construir e queremos aprofundar com maior radicalidade democrática. Por isso, a busca pela vitória no segundo turno destas eleições é estratégica para que não se interrompa o processo de mudanças fundamentais do estado e da sociedade brasileira.

O Brasil precisa de reformas estruturais: A reforma política, para que elimine a influência do poder econômico sobre o resultado final das eleições, respeite o voto dos eleitores e estabeleça um vínculo de responsabilidade entre representantes e representados, em especial, que dialogue com os movimentos que devem continuar pressionando, de baixo para cima, por mais mudanças para que elas ocorram com maior alcance e rapidez; A reforma tributária, com progressividade de tributos sobre as grandes fortunas e o capital especulativo e redefina a receita e o papel do Estado na justa distribuição dos recursos públicos entre os entes federados; A reforma urbana, para humanizar os espaços das nossas cidades, combatendo a especulação imobiliária e a privatização dos bens públicos e comuns; E a reforma agrária que está incompleta e é fundamental para que o povo possa ter na sua mesa alimento farto e saudável, fortalecendo um desenvolvimento sustentável que garanta a nossa soberania alimentar e vida digna para os trabalhadores do campo. Nossos adversários, quando não reticentes, são frontalmente contra estas mudanças estruturais porque sabem que sua implantação desconcentra o poder, descentraliza o desenvolvimento e democratiza a sociedade.

Os problemas da democracia se resolvem com mais democracia. Inclusive a corrupção, que deve ser combatida na sua origem através de processos como o Orçamento Participativo, que instigam a cidadania a controlar o Estado, os governos e os governantes e a lutar por mecanismos institucionais que não tergiversem no combate sem tréguas à qualquer desvio de conduta, de dentro e de fora da máquina pública, que queira desviar os recursos públicos de suas finalidades.

Por isso, Cidadãs e Cidadãos, estes próximos dias serão decisivos para a consolidação de nossa democracia e para o avanço das conquistas econômicas, sociais, culturais e políticas que estão sendo realizadas pelo povo através do nosso projeto. Acreditamos que a política é a construção do bem comum, através do protagonismo das pessoas. Por isso, vos convido para uma grande mobilização cívica que desabroche na vitória do nosso projeto que é a reeleição de Dilma Presidente e de Tarso Governador.

Agora é 13 com o coração e a razão! Boa Luta, Construindo a Vitória!

Olívio Dutra

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