UNE elege Carina Vitral para presidir a entidade

A estudante é a segunda mulher eleita consecutivamente para comandar a União Nacional dos Estudantes

O 54º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) elegeu Carina Vitral, estudante de Economia da PUC-SP, para presidir a entidade pelos próximos dois anos. A dirigente é a segunda mulher eleita consecutivamente para ocupar o cargo mais alto da entidade. Carina sucede a pernambucana Vic Barros e terá ao seu lado, na vice-presidência, a estudante Moara Correa Saboia, estudante de Engenharia Civil da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Com 4.071 pessoas, representando mais de 98% das universidades do país, a chapa “O movimento estudantil unificado contra o retrocesso em defesa da democracia e por mais direitos” venceu a votação com 2.367, 58,14% do total. A plenária terminou neste domingo (7) e definiu também o posicionamento da UNE diante da atual conjuntura do país.

Para o secretário nacional da Juventude do PT, Jefferson Lima, os jovens petistas fizeram boas intervenções nos debates políticos e apresentaram pautas para somar aos esforços da UNE na luta contra a redução da maioridade penal, reforma política e contra o genocídio da juventude negra.

“Mais de 10 mil estudantes de todo o país estiveram presente mostrando o peso da UNE nessa mobilização social. Foram quatro dias de muitos debates finalizados com a eleição da Carina para comandar a UNE nos próximos dois anos. Esta é a luta contra o machismo no Brasil”, afirma o secretário.

Um dos debates calorosos do congresso girou em torno do tema da redução da maioridade penal e milhares de estudantes se mostraram contrários à proposta.

A nova presidenta da UNE defende maior empenho na regulamentação do ensino superior privado, ampliação da assistência estudantil, mudanças na política econômica do país, taxação das grandes fortunas e a reforma política democrática com o fim do financiamento privado de campanhas.

A UNE lançou ainda o relatório da sua Comissão da Verdade, um estudo de dois anos realizado por pesquisadores sobre a violência da ditadura militar contra estudantes, entre eles o ex-presidente da entidade Honestino Guimarães, natural de Goiás.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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