Vale-gás é regulamentado mas ainda não tem data de pagamento

Decreto que estabelece valor de R$ 52 foi publicado nesta sexta-feira (3) mas Cidadania não define cronograma. Autor do projeto, Zaratini (PT-SP) cobra Bolsonaro por exclusão de 19 milhões de famílias

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Graças a Bolsonaro, 17 estados já apresentam preço do botijão de gás acima da média nacional, R$ 102,46

O povo tem pressa mas o Ministério da Cidadania até agora não anunciou uma data para o início do pagamento do vale-gás, cujo decreto que regulamenta o benefício foi publicado nesta sexta-feira (3). A pasta limitou-se a anunciar que o pagamento do auxílio de R$ 52 terá início neste mês. O programa, cujo projeto é de autoria do deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP), irá garantir às famílias de baixa renda desconto de 50% no preço médio do botijão de 13 kg, a cada dois meses.

O vale-gás terá duração de 5 anos e será pago em 30 parcelas para 5 milhões de famílias inscritas no CadÚnico. Também poderão ter acesso ao vale-gás famílias que tenham entre seus membros residentes no mesmo domicílio que receba o BPC (Benefício de Prestação Continuada).

Além de atrasar o pagamento, o governo Bolsonaro ainda tenta pegar carona no projeto, mentindo sobre a autoria da iniciativa que teve apoio da bancada do PT na Câmara. “O governo Bolsonaro mente”, denunciou Zarattini, pelo Twitter. “As pessoas estavam cozinhando com lenha, se queimando, utilizando álcool para preparar seus alimentos e eles não fizeram nada. Auxílio Gás foi um projeto de minha autoria e de toda bancada do PT”, esclareceu.

Exclusão de famílias

Zarattini também cobrou Bolsonaro pela exclusão de 19 milhões de famílias do programa. “A única coisa que esse governo sabe fazer é prejudicar a vida do povo. O Congresso aprovou o Auxílio Gás para beneficiar em torno de 24 milhões de famílias. Agora, Bolsonaro diz que, inicialmente, vai atender apenas 5 milhões de famílias. Não vamos aceitar isso!”, reagiu o deputado.

O valor médio do botijão de gás de cozinha gira em torno de R$ 102,46, segundo Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). 17 estados, no entanto, já apresentam um custo acima da média nacional. Em Mato Grosso, por exemplo, o valor do botijão está em R$ 124, resultado direto da falta de política ao setor e da incompetência do ministro da Economia Paulo Guedes.

Confira abaixo o valor do preço médio do botijão por estado:

  • Acre: R$ 117,53;
  • Alagoas: R$ 98,36;
  • Amapá: R$ 115,78;
  • Amazonas: R$ 105,77;
  • Bahia: R$ 95,25;
  • Ceará: R$ 104,4;
  • Distrito Federal: R$ 97,68;
  • Espírito Santo: R$ 98,48;
  • Goiás: R$ 110,53;
  • Maranhão: R$ 103,92;
  • Mato Grosso: R$ 124;
  • Mato Grosso do Sul: R$ 100,03;
  • Minas Gerais: R$ 104,09;
  • Pará: R$ 107,78;
  • Paraíba: R$ 105,28;
  • Paraná: R$ 105,84;
  • Pernambuco: R$ 95,2;
  • Piauí: R$ 108,15;
  • Rio de Janeiro: R$ 93,15;
  • Rio Grande do Norte: R$ 109,06;
  • Rio Grande do Sul: R$ 102,56;
  • Rondônia: R$ 118,56;
  • Roraima: R$ 112,06;
  • Santa Catarina: R$ 110,65;
  • São Paulo: R$ 102,18;
  • Sergipe: R$ 98,26; e
  • Tocantins: R$ 112,26.

*Fonte: ANP. Levantamento realizado entre 21 e 27 de novembro

Da Redação, com PT na Câmara e IG

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