Volkswagen ameaça demitir 5 mil trabalhadores no Brasil

Outras medidas ainda incluem flexibilidade de jornada, corte do reajuste salarial, redução do valor da PLR e alterações em benefícios como transporte, alimentação e plano médico

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A Volkswagen pretende reduzir este ano 35% do seu quadro de funcionários, entre mensalistas e horistas, nas quatro plantas da empresa em São Bernardo, São Carlos, São José dos Pinhais e Taubaté.

Com a medida, cerca de cinco mil trabalhadores seriam demitidos para, segundo a empresa, adequar a sua produção à demanda do mercado em decorrência dos efeitos da pandemia do novo coronavírus.

Em reunião realizada com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a representação sindical dos trabalhadores das quatro plantas que serão afetadas, a empresa apresentou uma pauta com medidas que pretende implementar ao longo do ano.

Além da redução de pessoal, a Volkswagen também quer alterar várias conquistas e direitos dos trabalhadores, tais como a flexibilidade de jornada, corte do reajuste salarial, redução do valor da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e alterações em benefícios como transporte, alimentação e plano médico.

A direção do SMABC e a representação sindical pretendem agora debater a pauta apresentada pela empresa em conjunto com os dirigentes sindicais dos outros três sindicatos envolvidos na negociação, e vai informar os trabalhadores do avanço das conversas ao longo do processo.

Em julho deste ano, durante encontro com representantes dos sindicatos de todas as fábricas da empresa no Brasil, o presidente da Volkswagen América Latina, Pablo Di Si, afirmou que as demissões seriam evitadas pela empresa que já havia colocado em prática medidas de flexibilização, como redução de jornada e salários e a suspensão temporária de contratos de trabalho.

Da Redação, com SMABC

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