Votação contra Temer: PT quer impedir encerramento da discussão

Bancada no PT da Câmara vai atuar em conjunto com partidos da oposição em unidade na votação da denúncia

Lula Marques/Agência PT

Reunião da bancada do PT

Em unidade com a oposição, a bancada do PT vai trabalhar para obstruir o encerramento da discussão durante a votação da denúncia contra o presidente golpista Michel Temer (PMDB).

O líder do PT na Câmara Carlos Zarattini (PT-SP) afirmou que a oposição vai reagir aos procedimentos determinados por Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Zarattini falou após uma reunião com deputados e senadores para definir o posicionamento do partido na votação de quarta-feira (2).

A bancada definiu que todos aceitarão a denúncia, mas a estratégia ainda será detalhada juntamente com a oposição em reuniões hoje e amanhã.

Na quarta-feira (2), a Câmara decide se aceita ou não a denúncia de corrupção feita pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot contra Michel Temer.

“Achamos que a discussão não pode se encerrar tão rapidamente. Vamos obstruir e eles vão ter que colocar 257 votos a favor desse requerimento de instrução e aí vamos ver se eles têm 257 votos para o requerimento de encerramento de discussão”, afirmou Zarattini.

O líder da minoria José Guimarães (PT-CE) afirmou que a oposição está trabalhando em conjunto, em “assembléia permanente” e que vai definir sua atuação de acordo com a atuação da bancada governista.

“Ninguém pode estar anunciando nada porque o governo está perdido. Não sabe quantos votos tem e espera o anúncio da oposição. Nós vamos surpreender amanhã no plenário Ulisses Guimarães”, afirmou o deputado.

Segundo ele, PT, PC do B, PDT, a maioria do PSDB, PSOL e Rede estão unidos, e isso tem um efeito político muito importante para o país.

“Nosso objetivo é o afastamento do presidente da República para responder a um processo de corrupção”, disse Zarattini. E lembrou que o caminho é Fora Temer e Diretas Já.

Não há como o Brasil se manter com o Temer na presidência,. Ele é produto de um golpe, de uma agenda que está levando o Brasil ao subdesenvolvimento”, afirmou o deputado Décio Lima (PT-SC), líder da oposição no Congresso.

“Neste caso não há dúvidas da materialidade do delito, o cadáver está ali, as digitais estão ali, as moedas foram todas definidas como provas materiais desse crime”, disse. O cenário é difícil, segundo ele, já que é o mesmo Congresso que aprovou o golpe contra a presidenta eleita Dilma Rousseff (PT).

“O ambiente do golpe foi este Congresso, na sua maioria com os pés na lama da corrupção, que deu o golpe naquele nefasto dia 17 de abril”, disse.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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