Petistas reafirmam em plenário que prisão de Lula é injusta e arbitrária
Deputados da Bancada do PT se revezaram na Câmara para denunciar os 500 dias da prisão política a qual o ex-presidente Lula está submetido
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Parlamentares da Bancada do PT na Câmara se revezaram na tribuna, nesta terça-feira (20), para denunciar os 500 dias da injusta prisão política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Esses 500 dias de injustiça e de indignação são também 500 dias de muita luta, de vigília. Estamos nas ruas, nas praças, na tribuna, em todos os lugares, para defender aquilo que nós acreditamos, para defender o maior líder que nós temos”, afirmou a deputada Benedita da Silva (PT-RJ).
A deputada leu e deixou registrado nos anais da Câmara a carta dos militantes da Vigília Lula Livre, que há 500 dias estão na resistência em frente à sede da Polícia Federal em Curitiba, no Paraná, onde Lula está desde o dia 7 de abril de 2018.
“Querido presidente Lula, em 500 dias, sabemos o que é o exercício de repressão contra os movimentos populares e contra a esquerda, sabemos o que são as madrugadas frias em Curitiba, na praça Olga Benário, em acampamento ou nas casas improvisadas da região, sabemos o que significou o avanço da direita, do golpismo e das forças antinacionais e antipopulares que enfrentamos, diariamente, na vigília Lula Livre”, diz trecho da carta, na qual os militantes reafirmam que estão dispostos a continuar na resistência quanto tempo mais for necessário.
O deputado Marcon (PT-RS) frisou que faz 500 dias que o ex-juiz Sérgio Moro e o coordenador da Lava Jato, procurador Deltan Dallagnol, fizeram uma “tramoia”, uma “picaretagem” dentro do Ministério Público Federal, em Curitiba, “capital dessa direita fascista”, e o Lula está preso inocentemente. “O Lula não tem sítio e não tem aluguel de apartamento em lugar nenhum. Por isso queremos a sua liberdade”.
Marcon também parabenizou a militância do acampamento Lula Livre, em Curitiba, que está na resistência e faz vigília todos os dias, recebendo gente do Brasil inteiro, da América Latina, do mundo, que vão ao Paraná reforçar a luta e se solidarizar com o ex-presidente Lula.
Injustiça comprovada
O deputado Valmir Assunção (PT-BA), ao manifestar a sua indignação com os 500 dias de prisão política de Lula, enfatizou que a injustiça contra o ex-presidente está comprovada para toda a sociedade, por meio das mensagens divulgadas pelo site The Intercept Brasil e parceiros.
“Os diálogos que foram divulgados mostraram que houve um conluio entre o Ministério Público, o procurador Deltan Dallagnol e o ex-juiz Sérgio Moro, rompendo o devido processo legal, para poder prender o presidente Lula. Essa é a grande verdade! Agora, passados esses 500 dias, resta-nos pedir ao Supremo Tribunal Federal que faça justiça e anule esse processo”, afirmou.
Na mesma linha, o deputado Rui Falcão (PT-SP) enfatizou que o ex-presidente Lula foi preso sem crime e sem culpa, “num julgamento manipulado, que fica cada vez mais claro, a partir das revelações do The Intercept, do comprometimento de procuradores da República e do próprio, hoje ministro Sérgio Moro, que funcionou como acusador e juiz, algo totalmente ilegal”, criticou. Portanto, na avaliação de Falcão, essa condenação precisa ser anulada e o presidente Lula libertado.
A deputada Erika Kokay (PT-DF) lamentou o fato de o Brasil ter um preso político há 500 dias. “Há 500 dias, nós temos um preso político neste País e a cada dia fica mais clara toda a trama que foi elaborada nessas togas rotas, as togas que desrespeitam a própria Constituição e o devido processo legal”.
A deputada relembrou que, além de um procurador da República que não respeita o devido processo legal, foi feito um conluio entre Judiciário e Ministério Público para estabelecer uma prisão que segue o ritmo ditado pelo processo eleitoral, na perspectiva de determinar o resultado de uma eleição. “Porque se Lula não estivesse preso, teria a vitória nas eleições, porque o povo reconhece que o seu governo foi o melhor que este Brasil já teve”, enfatizou.
O deputado Assis Carvalho (PT-PI) considerou que são 500 dias de prisão injusta e sem provas. “É a prisão de ódio contra o presidente Lula. Imagino que o Brasil do século XXI não pode ficar de joelhos diante de tamanho absurdo”, afirmou. Assis desabafou ao lembrar que hoje o Brasil tem um político que era juiz e condenou Lula sem prova, e em seguida assumiu uma posição neste governo “desastrado”.
“Estamos aí através do The Intercept mostrando toda a farsa combinada para que o presidente Lula não concorresse nas eleições. Terminaram as eleições e continuamos com esse grande líder preso. Por isso, estamos aqui externando o nosso protesto e pedindo a esta Casa que não permita que isso aconteça”.
O deputado Frei Anastácio Ribeiro (PT-PB) também protestou contra a prisão arbitrária e injusta de Lula. “Só quem não tem consciência e não tem visão culpa um presidente como foi o presidente Lula. E até agora ninguém provou que ele roubou ou fez coisas erradas durante o seu governo”, desabafou.
O deputado destacou algumas das muitas políticas públicas criadas pelo governo Lula para dar oportunidades para os excluídos. “Temos plena consciência de que este País não teve nenhum presidente que fez o que Lula fez, e ele, infelizmente está amargando 500 dias de prisão, injustamente. Mas, temos confiança de que a justiça será feita”, concluiu.
Por PT na Câmara