‘Terra da Gente’ é um sopro de esperança para os trabalhadores, diz líder da Contraf

Em entrevista ao Jornal PT Brasil, dirigente da Contraf-Brasil, Auri Júnior, destaca iniciativa do governo Lula que visa oferecer terras a famílias rurais e promover políticas de inclusão produtiva no campo

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Programa estima beneficiar 295 mil famílias agricultoras até 2026

Em entrevista ao Jornal PT Brasil desta quarta-feira (17), o dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil (Contraf-Brasil), Auri Júnior, destacou a importância do Programa Terra da Gente, lançado nesta segunda-feira (15) pelo presidente Lula.

“Esse programa chega como um grande sopro de esperança para nós trabalhadores e trabalhadoras da agricultura familiar”, afirmou Auri, ressaltando a longa espera e os desafios enfrentados por aqueles que buscam acesso à terra para cultivar alimentos e preservar o meio ambiente.

Em um esforço notável para enfrentar desafios históricos relacionados à reforma agrária e fortalecer a agricultura familiar, o governo Lula lançou o Programa Terra da Gente. A iniciativa, anunciada em cerimônia no Palácio do Planalto, tem como objetivo principal fornecer terras para famílias que desejam viver e trabalhar no campo, alinhado com os princípios constitucionais de garantia desse direito fundamental para o povo brasileiro.

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“É uma forma nova de a gente enfrentar um velho problema. Eu pedi ao Paulo Teixeira que ele fizesse um levantamento com a ajuda dos governadores, das secretarias que cuidam das terras em cada estado, com o pessoal do Incra estadual, para a gente ter noção de todas as terras que podiam ser disponibilizadas para assentamento nesse país”, disse Lula no ato de lançamento do programa.

Segundo Lula, “antes, no Brasil, você não tinha reforma agrária, você tinha capitanias hereditárias. Era um monte de terra distribuído por um pouco de gente. E agora é a gente distribuindo as terras adequadas para as pessoas adequadas que necessitam produzir”.

“Isso não invalida a continuidade da luta pela reforma agrária, mas o que nós queremos fazer é mostrar aos olhos do Brasil o que a gente pode utilizar sem muita briga”, completou o presidente.

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Fortalecimento da agricultura familiar

Auri também enfatizou outras medidas anunciadas pelo governo Lula para fortalecer a agricultura familiar, como o Plano Safra e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que visam investir na produção e distribuir alimentos saudáveis para populações carentes. Além disso, destacou a importância da mecanização adaptada à agricultura familiar, como parte do renovado programa Mais Alimentos.

“Esse ano, é um ano de muita expectativa. Ano passado foi um ano de reconstrução das políticas e dos programas, e esse ano é um ano que a gente precisa avançar mais, avançar mais com o Plano Safra renovado, avançar mais com mais recursos para o PAA, avançar mais com um bom programa de mecanização da agricultura familiar, e é claro, tudo isso precisa ter uma boa política de assistência técnica e extensão rural, e o conjunto dos movimentos sociais do campo tem debatido com o Ministério de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar a importância de estudos”. 

Sobre o papel dos movimentos sociais no processo, Auri ressaltou a importância do diálogo com o governo para garantir políticas que atendam às necessidades dos trabalhadores rurais. 

“É preciso que o governo sempre tenha essa consciência de trazer para mesa os trabalhadores e as trabalhadoras para discutir a política”, enfatizou. O presidente Lula tem sido muito sensível ao diálogo com os movimentos sociais na construção e na retomada dessas políticas que é tão importante para o campo brasileiro e para toda a sociedade brasileira”.

Com a estimativa de beneficiar 295 mil famílias agricultoras até 2026, o Programa Terra da Gente representa um marco na luta pela reforma agrária e no fortalecimento da agricultura familiar no Brasil. O diálogo contínuo entre o governo e os movimentos sociais é fundamental para garantir que essas políticas sejam efetivas e alcancem aqueles que mais precisam.

Assista a íntegra da entrevista:

Da Redação

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