Ana Lúcia Martins: 1ª mulher petista na Câmara de Joinville.

A parlamentar é a primeira mulher negra eleita na cidade e teve 3126 votos.

Pela primeira vez o Partido dos Trabalhadores elegeu uma mulher para a Câmara Municipal de Joinville (SC). Ana Lúcia Martins é a primeira mulher negra a ocupar esse espaço e já vem fazendo história nesse primeiro mês de mandato.

Ana Lúcia Martins conquistou 3126 votos e mesmo com tanto apoio popular, antes mesmo de tomar posse como vereadora, foi manchete nacional pelas ameaças e ofensas racistas que recebeu após sua vitória.

A parlamentar, que é professora e servidora pública aposentada, começou sua vida política nos grupos de jovens da igreja Católica e mais tarde foi para o movimento negro, no combate ao racismo a partir das comunidades de base da igreja Católica Cristo Ressuscitado no final da década de 80, e depois desse percurso passou a fazer parte ativamente do Partido dos Trabalhadores (PT), no Sindicato dos Servidores Públicos e na luta pela valorização da educação e dos profissionais da educação

“Desde muito cedo, sempre me incomodaram questões relacionadas a pobreza, a violência e a discriminação com os quais convivi… Foi no Ashanti – Coletivo de Mulheres Negras de Joinville em 2014 me consolidei na luta feminista. Depois vieram as atuações no Fórum de mulheres de Joinville, o Comitê de Igualdade Racial e mais tarde o Conselho de Promoção para Igualdade Racial”, relembra Ana Lúcia.

Na campanha 2020, Ana Lúcia teve uma campanha participativa e isso ajudou na sua eleição. 

“A campanha foi construída e pensada coletivamente, com apoiadores que se somaram ou coletivos, organizações e movimentos sociais. Importante destacar o apoio das  mulheres, da juventude e de lideranças comunitárias, simpatizantes e filiados do PT além de outros partidos de esquerda, formando uma frente de esquerda em apoio ao nosso mandato”, enfatizou a parlamentar.

Essa campanha colaborativa constrói agora um mandato colaborativo, que segundo a própria vereadora tem um compromisso público de dialogar com todas, todos e todes, para que os direitos humanos mais básicos sejam prioridade para essa gestão que se inicia.

“Defendemos a mobilidade social para as mulheres, combatemos as práticas sexistas que inferiorizam a mulher, uma estratégia da opressão patriarcal para manutenção do poder, do controle sobre as mulheres e outros grupos considerados inferiores.; o transporte coletivo seguro, sem importunação e assédio sexual.; o direito à educação em tempo integral para os filhos, permitindo que as mães trabalhem com mais segurança⁣;  o direito à moradia,⁣ condição indispensável para romper o ciclo de violência; combatemos a Violência Física, Sexual, Psicológica, Moral e Patrimonial e defendemos a completa Efetivação da Lei Maria da Penha”, explica Ana Lúcia, explicitando que os direitos das mulheres são a prioridade de seu projeto político.

 

Nádia Garcia, Agência Todas.

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