Apesar da exclusão digital, Damares não quer brasileiros na internet

Ipea aponta que a cada 1% de aumento no acesso à internet há crescimento no PIB; IBGE mostra que em 2018 existiam 63,3 milhões de pessoas sem acesso

Valter/Campanato/Agência Brasil

Damares Alves, nova ministra do Bolsonaro

Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado no início de 2018, apontou que a cada 1% de aumento no acesso à internet há um crescimento adicional de até 0,19% do Produto Interno Bruto (PIB).

Um mês depois, dados divulgados pelo IBGE apontaram que o Brasil ainda tinha 63,3 milhões de habitantes e 21 milhões de lares sem acesso ao serviço no fim de 2016.

Mesmo assim, o ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos vai lançar em junho o Detox Brasil —programa que vai focar o uso consciente de tecnologias.

O objetivo é conscientizar a população que consegue ter acesso à internet sobre a importância de diminuir a frequência de tempo em que se fica no celular e no computador.

“Há um fenômeno, uma triste realidade entre algumas famílias brasileiras, que perdem o tempo que têm para estarem junto aos filhos para ficar de olho na tela do celular. Esse vínculo acaba enfraquecido e, sem a referência da família, o jovem acaba em sofrimento”, diz a ministra Damares Alves.

Distante da realidade, o ministério de Damares se jacta do pioneirismo e afirma ser a primeira vez que um governo se envolve nesse tipo de causa e tece comparações com países desenvolvidos da Europa, onde praticamente toda a população é conectada.

Existem programas de uso consciente de aparelhos tecnológicos em países como França e Alemanha, mas desenvolvidos pela sociedade civil.

Por Revista Fórum

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