Após auxílio eleitoreiro, Bolsonaro se justifica ao mercado financeiro

Para não deixar os ricos do mercado financeiro, seus verdadeiros patrões, chateados, Bolsonaro anuncia medidas como cortes na educação e na saúde

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Bolsonaro tenta comprar voto do povo para, depois, continuar agradando os ricos

Não tem jeito. O governo Bolsonaro é comprometido mesmo com os mais ricos. Pouco depois de anunciar benefícios para os mais pobres, caminhoneiros e taxistas, numa clara manobra eleitoreira, a equipe do ex-capitão correu para se justificar com seus verdadeiros patrões do mercado financeiro.

Na segunda-feira (25), o Ministério da Economia anunciou um novo bloqueio no Orçamento que deve retirar cerca de R$ 6,73 bilhões dos investimentos federais este ano. E as áreas mais afetadas serão a saúde e da educação, adiantou o secretário do Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago.

O motivo do corte? Respeitar o famigerado teto de gastos, que Bolsonaro nunca tentou mudar e ao qual continua fiel. Afinal, é o teto que garante a transferência do Orçamento para os mais ricos, limitando os gastos na área social.

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No mesmo dia, o governo solicitou às principais estatais federais – Petrobras, BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal – que antecipem parte dos dividendos que seriam pagos apenas em 2023.

Com seu cinismo sem fim, Paulo Guedes disse que se trata de uma medida para deixar as contas no azul para o próximo governo, quando na verdade está é retirando da próxima gestão uma boa quantidade de dinheiro que entraria em 2023.

O verdadeiro motivo para a ação, no entanto, foi revelada logo em seguida, pela Folha de S. Paulo. “O pedido faz parte de uma tentativa de neutralizar neste ano os efeitos da emenda constitucional que liberou R$ 41,25 bilhões às vésperas da eleição e das renúncias fiscais decorrentes da desoneração de combustíveis”, informa o jornal, que completa: “A requisição foi feita após reações negativas do mercado financeiro sobre o tratamento com as contas públicas no episódio”.

Ou seja: Bolsonaro só se preocupou em conseguir dinheiro para ajudar os pobres por causa das eleições. Mas, rapidamente, lembrou os endinheirados que continua fiel mesmo a eles.

Da Redação

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