Bahia fecha acordo com russos para testes com vacina contra Covid-19

De acordo com o governo, o protocolo da vacina será submetido ao Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e à Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que os testes sejam autorizados. Feita a aprovação, o memorando estabelece que a Bahia seja responsável pela comercialização da vacina no país. “A vacina [russa] segue a linha mais tradicional, mais antiga do mundo, de produção de vacina. O que torna o processo talvez mais seguro e talvez a taxa de acerto dessa vacina vai ser maior, porque não tem inovação, é a prática mais antiga, mais consolidada”, afirmou o governador Rui Costa

O governo da Bahia assinou, na terça-feira (8), um acordo de confidencialidade com a Russia para realizar testes com a promissora vacina Sputnik V. O acordo, confirmado pelo secretário de Saúde Fábio Vilas-Boas, permite que o governo de Rui Costa tenha acesso a dados científicos relativos à produção da vacina, atualmente na terceira fase de testes.

“Nós já havíamos assinado um memorando de entendimento, visando iniciar as tratativas para testar aqui no Brasil a vacina russa Sputnik V em 500 participantes”, disse Vilas-Boas, em entrevista à imprensa.  “Ontem nós concluímos o acordo de confidencialidade, que é um documento que a gente se compromete a receber informações sigilosas deles, tratar de forma interna e confidencial, e a partir disso decidirmos, com base no que a gente vai ver, se a gente quer dar seguimento no projeto”, explicou o secretário.

De acordo com o governo, o protocolo da vacina será submetido ao Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e à Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que os testes sejam autorizados. Feita a aprovação, o memorando estabelece que a Bahia seja responsável pela comercialização da vacina no país, de acordo com Vilas-Boas. O governo do Paraná também firmou parceria com Moscou para desenvolver a vacina.

O governador Rui Costa ressaltou o compromisso do governo no avanço de parcerias com outros laboratórios, “sem nenhum preconceito ideológico, dogmático” quanto ao país de origem. Segundo Costa, é importante que cada país apoie e estimule várias pesquisas de vacina, “independente da nacionalidade”.

Vacina segura

“O que tenho lido sobre essa vacina [russa] é que segue a linha mais tradicional, mais antiga do mundo, de produção de vacina. O que torna o processo talvez mais seguro e talvez a taxa de acerto dessa vacina vai ser maior, porque não tem inovação, é a prática mais antiga, mais consolidada”, afirmou o governador petista.

Costa confirmou que o governo deve em breve um lote de 500 doses, 250 da vacina e 250 placebo para os testes. De acordo com o governador, “felizmente os primeiros testes feitos em instituições na Europa apresentaram resultados positivos”, informou Costa, de acordo com o diário local ‘Correio’.

Primeiro lote na Rússia

Na terça-feira (8), o governo russo anunciou que o primeiro lote da Sputnik V foi liberado para uso da população. O estudo científico abrangendo as fases 1 e 2, considerado um sucesso,  foi publicado na revista científica ‘Lancet’. de acordo com a publicação, os testes revelaram que a vacina foi considerada 100% segura e capaz de produzir anticorpos nos voluntários sem apresentar efeitos colaterais indesejáveis.

Segundo o governo russo, a vacina desenvolvida pelo Instituto Gamaleya de Epidemiologia e Microbiologia terá uma versão adaptada para crianças.”As crianças têm massa corporal diferente. Naturalmente, uma criança com peso de 20 quilos definitivamente precisa de uma dose menor do que um adulto com peso de 50, 60 ou 70 quilos”, declarou o cientista Aleksandr Butenko, pesquisador do insitituto à agência de notícias Tass.

Da Redação, com ‘G1’ e ‘Correio

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