Bancada do PT na Câmara une forças contra o ‘distritão’

Para o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães, o distritão representa uma “contra-reforma”. Diversos parlamentares criticaram o modelo em discussão na Câmara dos Deputados

A bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados definiu, em reunião na manhã desta terça-feira (26), ações para derrubar a aprovação do sistema distritão para a eleição de deputados. O modelo favorece, apenas, os candidatos que ganharem mais votos.

No sistema atual, o proporcional, os votos de todos os candidatos de um partido ou coligação são somados. Após esta etapa, as cadeiras são distribuídas de acordo com o total de votos recebidos.

Para o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), o distritão representa uma “contra-reforma”. Segundo ele, o partido deve sair em defesa da manutenção do sistema proporcional.

“O distritão introduz um sistema que arrebenta com a questão da fidelidade, com a importância dos partidos e principalmente com os deputados”, explica.

“O proporcional fortalece o mandato do parlamentar com a sociedade e com o partido. Quem defende a fidelidade partidária jamais pode ser a favor do distritão”, afirma o líder.

A deputada Marcivânia (PT-AP) também criticou a proposta do distritão. Segundo ela, a medida pode diminuir a representantividade da sociedade no Congresso Nacional.

“Isto é ruim para a democracia e enfraquece a democracia e a representatividade da população. E que não tenhamos uma reforma que todos almejamos. Da forma como será conduzida a votação o nosso receio é que o sistema fique pior do que está”, diz a parlamentar.

Na avaliação do deputado Henrique Fontana (PT-RS), o distritão, caso aprovado, permitirá que candidados eleitos sejam sempre os mais riscos, aqueles que têm mais recursos para investir nas campanhas.

Além disso, durante a reunião, o PT voltou a defender o fim do financiamento privado das campanhas eleitorais. De acordo com o deputado Afonso Florence (PT-BA) , a legenda continuará na luta por uma reforma política que acabe com o financiamento empresarial.

“Vai ser uma guerra, mas vamos perseverar na defesa de uma legislação eleitoral que perseverar instrumentos que nos permitam a continuar defender a maioria do povo brasileiro”, garante o deputado.

Por Danielle Cambraia, da Agência PT de Notícias

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