BC reduz juros em apenas 0,5 ponto percentual e mantém sabotagem da economia

Taxa Selic foi reduzida de 12,75% ao ano para 12,25% ao ano, ainda elevada, o que dificulta a retomada do desenvolvimento

Beto Nociti

Banco Central reduziu a Taxa Selic de 12,75% ao ano para 12,25% ao ano

Para frustração dos setores produtivos e dos consumidores brasileiros, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (1), reduzir a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, de 12,75% ao ano para 12,25% ao ano. Mais uma vez o BC, presidido pelo bolsonarista Roberto Campos Neto, insiste em manter o patamar nas alturas, o que encarece o crédito, inviabiliza investimentos e sufoca a economia.

É o terceiro corte seguido desde agosto, quando o Copom anunciou que a cada reunião a Selic seria reduzida em apenas 0,5 ponto percentual, ou seja, a conta-gotas, na contramão das principais entidades empresariais do país, como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que apelam por um ritmo maior na redução dos juros. .

A presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), voltou a criticar a postura do BC, após a reunião do Copom. “Diante da realidade da economia e da urgência na retomada do crescimento, a redução da taxa Selic teria de ser necessariamente maior e mais rápida”, disse a parlamentar, nas redes sociais. “Não faz o menor sentido o ritmo de conta-gotas que o BC de Campos Neto vem impondo nas reuniões do Copom. É muita irresponsabilidade com o país”, acrescentou.

A decisão do Copom foi unânime, e os diretores do BC anteciparam redução da mesma magnitude (ou seja, 0,5 ponto percentual) nas próximas reuniões. Mantido esse ritmo, a Selic deve terminar 2023 ainda em um patamar bastante elevado, de 11,75% ao ano. A próxima reunião está marcada para os dias 12 e 13 de dezembro.

A Selic é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo BC para controlar a inflação. Seu índice influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras. Empresários, analistas, parlamentares e integrantes do governo consideram que a Selic está muito acima do necessário, já que o Brasil não enfrenta uma inflação de demanda.

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) também criticou a insistência do BC em manter a Selic em patamares extorsivos. “O COPOM reduziu a taxa básica de juros em 0,5%, chegando a 12,25% ao ano. Continuemos a pressão para baixar mais rápido e garantir crescimento sustentado da nossa economia. Bora acelerar essa redução, Campos Neto, o Brasil precisa de gerar emprego e renda!”, afirmou o parlamentar.

Da Redação

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