BNDES e Fundo da Amazônia investem em projeto para quebradeiras de coco babaçu

Projeto Floresta de Babaçu em Pé lançou edital para apoiar iniciativas no Maranhão, Tocantins, Pará e Piauí. BNDES vai investir R$ 1,6 milhão em projetos de uso sustentável da biodiversidade nos babaçuais

Leo Oliveira

Com apoio do BNDES, projeto Floresta de Babaçu em Pé lança edital de R$ 1,6 mi para apoiar iniciativas coletivas. Foto: Leo Oliveira

Com o objetivo de fortalecer as cadeias produtivas agroextrativistas de base agroecológicas e de conservação e uso sustentável da biodiversidade nos babuçais, o projeto Floresta de Babaçu em Pé lançou um edital para apoiar iniciativas coletivas nos Estados do Maranhão, Tocantins, Pará e Piauí.

A iniciativa é da Associação do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB) com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio do Fundo Amazônia. As propostas podem ser enviadas até 8 de agosto de 2023 e os editais podem ser acessados ​​no site do MIQCB .

Após o retorno do Fundo Amazônia no governo Lula, o BNDES vai investir R$ 1,6 milhão em projetos de organizações não-governamentais e de base comunitária que propõem conservação e uso sustentável da biodiversidade nos babaçuais; gestão de territórios tradicionais de quebradeiras de coco babaçu; e fortalecimento das cadeias produtivas agroextrativistas de base agroecológica.

O Floresta de Babaçu em Pé é apoiado pelo BNDES com os recursos totais de R$ 9,2 milhões e fornece suporte à operação do Fundo Babaçu, que facilita o acesso dos povos da região a recursos financeiros para geração de renda. O Fundo Amazônia impulsionou ações de desenvolvimento de competências, suporte técnico e fortalecimento do associativismo.

A diretora Socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Tereza Campello, destaca a importância de ações como esta para proteger a biodiversidade ambiental no país, manter a floresta em pé e ainda promover o desenvolvimento econômico de comunidades tradicionais e da população rural em regiões de intensa vulnerabilidade.

“Mais um passo na diretoria socioambiental do BNDES para manter a floresta em pé. O Fundo Amazônia voltou a apoiar o desenvolvimento sustentável, a preservação da biodiversidade nos babaçuais e a qualidade de vida dos povos e comunidades tradicionais de quebradeiras de coco babaçu”.

Para o BNDES, é fundamental o fomento à produção familiar e à geração de renda a partir do aproveitamento e beneficiamento de produtos agroextrativistas constituem importante alternativa a atividades econômicas desmatadoras.

A Associação do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu tem sede em São Luís (MA) e representa grupos de coletoras e quebradeiras de coco com atendimento direto a aproximadamente 3 mil famílias divididas entre o Maranhão, Tocantins, Piauí e Pará. A associação tem o objetivo de preservar a floresta de babaçu, gerar renda produtiva a partir do agroextrativismo familiar e melhorar as condições de vida das famílias envolvidas com a atividade.

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O Fundo Amazônia

O Fundo Amazônia estava paralisado desde 2019 e foi reestabelecido pelo presidente Lula após inúmeros descasos e retrocessos no governo de Bolsonaro, que em nenhum momento promoveu iniciativas de proteção ambiental no país.

O fundo financia projetos de redução do desmatamento e fiscalização do bioma que está parado desde 2019. Ele é um instrumento de que recebe doações voluntárias destinadas à aplicação não reembolsável em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, de conservação e de uso sustentável da Amazônia Legal. Ele é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) com a gestão do BNDES.

Com Lula, grupos foram recriados e há participação de representantes de dez ministérios e dos governos de estados da Amazônia Legal que possuam plano estadual de prevenção e combate ao desmatamento.

Após um encontro do presidente Lula em maio deste ano, o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, anunciou investimentos dos britânicos no Fundo Amazônia no valor de R$ 500 milhões. A contribuição de 80 milhões de libras, segundo Sunak, é resultado do reconhecimento ao trabalho realizado pelo governo do Lula em relação à preservação ambiental.

Da Redação, com da Agência BNDES de Notícias

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