Bolsonaro usou viagem internacional para negociar software espião

Segundo o UOL, durante viagem de Bolsonaro aos Emirados Árabes Unidos, em novembro passado, membro do Gabinete do Ódio se reuniu com empresa israelense produtora de ferramenta que invade celulares

Site do PT

Gabinete do Ódio não desiste do plano de se apossar de ferramenta espiã no ano das eleições

Em novembro do ano passado, Jair Bolsonaro fez uma visita ao Qatar, aos Emirados Árabes Unidos e ao Bahrein que nada trouxe de relevante para o Brasil. Agora, reportagem publicada nesta segunda-feira (17) pelo site UOL revela que, além de produzir mais uma ridícula peça de propaganda no Qatar, onde participou de uma motociata, o atual presidente usou a viagem para dar continuidade ao plano de se apossar de ferramentas de espionagem em pleno ano eleitoral.

De acordo com o UOL, durante a viagem, em 14 de novembro, um membro do Gabinete do Ódio que responde diretamente ao vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos), um dos filhos de Jair Bolsonaro, se reuniu com a empresa israelense DarkMatter, fabricante de uma superferramenta de espionagem eletrônica. 

O encontro ocorreu na feira aeroespacial conhecida como Dubai AirShow, nos Emirados Árabes Unidos, conforme apurou o site com fontes ligadas ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e à Agência Brasileira de Inteligência (Abin). 

Ali, o integrante do Gabinete do Ódio conheceu em detalhes a ferramenta, que age por meio de “infecção tática” de celulares. “A tecnologia permite a quem detém o software ter acesso ao celular e a todo seu conteúdo quando o aparelho se conecta a uma rede —tudo isso sem o dono do smartphone saber”, descreve o UOL.

Família Bolsonaro e a arapongagem

Essa não é a primeira vez que uma denúncia desse tipo é feita contra a família Bolsonaro. Em maio do ano passado, o mesmo UOL revelou que Carlos Bolsonaro interferiu em um processo de licitação do governo federal para ter controle sobre outra ferramenta de espionagem, chamada Pegasus e fabricada por outra empresa israelense NSO Group.

Naquela ocasião, afirmou o UOL, Carlos articulou com o ministro da Justiça, Anderson Torres, para que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a Agência Brasileira de Informações (Abin) ficassem de fora do processo de contratação para que ele pudesse ter o controle da ferramenta e assim montar uma espécie de “Abin paralela”.

Da Redação

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