Bolsonaro veta emenda do PT que garantia bagagem gratuita em voos

Em transmissão ao vivo, Bolsonaro já havia dito “eles gostam de pobre” ao afirmar que vetaria o projeto apresentado pela Bancada do PT na Câmara

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Dando continuidade às práticas que prejudicam a população, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) cumpriu nesta segunda-feira (17), a promessa de vetar a emenda que garantia gratuidade das bagagens em voos domésticos, apresentada pela Bancada do PT à medida provisória (MP 863/18), que abre 100% do setor aéreo ao capital estrangeiro. Para o deputado Zeca Dirceu (PT-PR), essa postura de Bolsonaro só reafirma a ojeriza que ele tem pelos mais pobres.

“O atual presidente confirmou que não gosta de pobre e impediu a volta do despacho gratuito de bagagens em voos nacionais”, lamentou o deputado, ao referir-se à recente declaração feita nas redes sociais pelo atual presidente, que adiantou: “minha tendência é vetar. Aliás, eu fui convencido a vetar o dispositivo. Não só porque é do PT. Se bem que é um indicativo. Os caras são socialistas, comunistas, são estatizantes”, declarou Bolsonaro em tom irônico em sua página no Facebook.

Para Zeca Dirceu, Bolsonaro não disfarça a sua preferência. “Na verdade, ele prefere dar benefícios e isenções para empresas estrangeiras; e para os brasileiros, cortes e retirada de direitos. Um total desrespeito com a população”, criticou Zeca Dirceu.

Da tribuna da Câmara, o deputado Alexandre Padilha (PT-SP) – um dos defensores da emenda que previa o direito de o passageiro levar, sem cobrança adicional, uma peça de 23 kg nas aeronaves acima de 31 assentos – também criticou o veto do presidente da República. Ele disse que recebeu a notícia com tristeza e indignação. “A Câmara vota algo importante para a população brasileira, aí o presidente vai lá e veta em favor das empresas que ganham lucros com o transporte aéreo”, destacou Padilha.

Segundo o petista, Bolsonaro ironizou ao afirmar que o PT gosta de pobre. “Gostamos de pobres, sim. Não gostamos da pobreza, essa, queremos reduzir. Já o Bolsonaro mostrou que gosta mesmo é de empresas ricas”, comparou Padilha.

Por PT na Câmara

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