Brasil Mais Produtivo mira digitalizar 200 mil micro, pequenas e médias empresas

Plataforma, lançada nesta quarta (31), contará com R$ 2,037 bi em investimentos, está com inscrições abertas e faz parte das ações da Nova Indústria Brasil

José Cruz - AgênciaBrasil

Programa Brasil Mais Produtivo contará com investimento de R$ 2,037 bilhões e tem como meta atender 200 mil empresas até 2027

Estão abertas as inscrições para a plataforma Brasil Mais Produtivo, uma ferramenta destinada à digitalização de micro, pequenas e médias empresas. Com investimento de R$ 2,037 bilhões, a meta do governo federal é atender 200 mil empresas até 2027. Ela faz parte das ações do Nova Indústria Brasil, lançado em 22 de janeiro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e tem com objetivo aumentar a produção de forma rápida e eficiente, ganhando competitividade a partir da transformação tecnológica e eficiência energética.

A plataforma do Brasil Mais Produtivo foi apresentada, nesta quarta-feira (31), pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, em evento que contou com a presença do presidente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Décio Lima, e do ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França.

O Sebrae o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) vão atender as empresas selecionadas, prestando assessoria focada na melhoria de gestão, inovação, mercado, manufatura enxuta, eficiência energética e transformação digital. Mais de 93 mil micro, pequenas e médias empresas receberão acompanhamento presencial contínuo até 2027. A meta do programa é transformar digitalmente 90% das pequenas empresas industriais do país.

O Brasil Mais Produtivo, relançado em novembro de 2023, contatará com apoio e ação conjunta do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) na gestão dos R$ 2,037 bilhões de investimentos. As demais entidades parceiras do programa são, além do Sebrae e Senai, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Empresa Brasileira de Inovação Industrial (Embrapii).

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“Teremos uma oportunidade importante de nos reindustrializarmos. Vamos nos empenhar o mais rápido possível para fazer que a pequena empresa tenha mais oportunidade, gerar riqueza e trabalho para o nosso país”, afirmou Alckmin.

Segundo dados do ministério, atualmente, 23,5% das indústrias são digitalizadas no Brasil. O objetivo do programa é elevar esse índice para 90%, triplicando a participação nacional nos segmentos de novas tecnologias até 2033.

O presidente do Sebrae, Décio Lima, entende que o acompanhamento in loco nas empresas vai possibilitar a redução de problemas e o aperfeiçoamento de soluções, além de servir como estímulo para micro, pequenas e médias empresas saírem da informalidade.

“A neoindustrialização, no campo das grandes cadeias produtivas, dos grandes aglomerados econômicos não reúne a dificuldade que o pequeno tem, que são naturais da sua própria existência. Esse é um processo de inclusão dos pequenos, nesse novo aspecto dos conceitos da economia mundial, que são da inovação e da sustentabilidade”, comentou Décio Lima, no evento de apresentação da plataforma.

Estima-se que existam no Brasil cerca de 19 milhões de brasileiros na informalidade. “É importante que este público venha para a formalidade para garantir que tenha, principalmente, a segurança do seu negócio, que entre no processo de mercado, que possa ampliar em escala e ter o seu crescimento e, sobretudo, a proteção do Estado com os aspectos previdenciários”, afirmou.

O novo Brasil Mais Produtivo é dividido em quatro etapas, sendo:

1 – Plataforma de Produtividade – inscrição voluntária na plataforma de produtividade (destinada a 200 mil micro, pequenas e médias empresas), com cursos, materiais e ferramentas de produtividade e transformação digital;

2 – Diagnóstico e estratégia de gestão – para 50 mil micro e pequenas indústrias, com orientações e acompanhamento contínuo dos agentes locais de inovação do Sebrae;

3 – Otimização de processos – para 30 mil micros e pequenas indústrias e 3 mil médias indústrias;

4 – Transformação digital – para 8,4 mil micro, pequenas e médias indústrias, com implementação de soluções digitais, por meio de 360 novos fornecedores; e para 1,2 mil médias indústrias, com plano de transformação digital implementados e acesso a pós-graduação.

Da Redação

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